A carteira valor é caracterizada por uma abordagem mais conservadora na selecção de títulos, baseada na escolha de empresas com negócios estáveis, que tenham capacidade para remunerar o accionista e negoceiem com métricas de preço atractivas.
Não estando a selecção de títulos restrita a um leque específico de sectores, devido ao perfil delineado os títulos escolhidos encontram-se frequentemente em sectores como o financeiro, de telecomunicações, industrial ou de serviços/produtos básicos.
Análise operacional
Procuramos empresas que tenham um bom desempenho operacional demonstrado pelo seu histórico de longo-prazo, com margens estáveis e superiores a generalidade do sector, balanços sólidos e consistentes com as estratégias delineadas, e fluxos de caixa saudáveis que permitam a remuneração do accionista de forma recorrente e sustentável. Exemplos de métricas que utilizamos na análise operacional das empresas incluem a margem de EBITDA, estabilidade das receitas, alavancagem financeira (Dívida/Capital Próprio) ou a distribuição de dividendos face aos lucros (Dividendos/Resultado líquido).
Critérios de preço
No que toca a métricas de preço tendemos a ser mais exigentes, procurando títulos que se encontram em claro desconto, por vezes devido ao sentimento negativo generalizado por outras devido a eventos específicos ao título que acreditamos que não terão impacto recorrente no negócio da empresa no longo-prazo. Exemplos de algumas métricas na análise de preço incluem o PER, o Price to Book Value ou o Dividend Yield esperado.
Rentabilidade
A rentabilidade da carteira estará mais dependente da remuneração ao accionista, seja através do pagamento de dividendos ou recompra de acções próprias, esperando-se que o preço dos títulos se revele menos volátil que a generalidade do mercado.