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O difícil equilíbrio em Bruxelas, a poupança e uma empresa às compras
11/06/2024 07:01

Bom dia,

Começamos, inevitavelmente, pelo nervosismo que invadiu os mercados financeiros europeus na ressaca da noite eleitoral europeia. A direita radical não fez os estragos que se antecipavam, ainda assim as muitas dificuldades da futura governação e o terramoto em França fizeram soar campainhas. Os riscos de instabilidade política fizeram cair o euro, as praças financeiras e agravaram os juros da dívida.

Aqui, explicamos-lhe o difícil jogo de Úrsula Von Der Leyen nas negociações para a formação da nova Comissão Europeia e para a geometria política na Europa nos próximos tempos.

O embaixador Francisco Seixas da Costa analisa também o pós-Europeias de 2024, num artigo de opinião onde nos dá conta das 27 Europas que se juntam numa difícil conjugação de interesses.

Apesar de toda a incerteza, há um dado na economia portuguesa que merece ser sublinhado. O Banco de Portugal vê a poupança ultrapassar níveis pré-covid ainda este ano. A descida da inflação e taxas de juro elevadas estão a incentivar as famílias a poupar mais nos próximos meses.

Na polémica em torno da indemnização paga à secretária de Estado da Mobilidade pela CP trazemos-lhe um novo elemento. O montante de 80 mil euros pagos a Cristina Pinto Dias representou 3% dos valores pagos pela empresa pública naquele ano de 2015. Os dados são do Ministério das Infraestruturas e foram enviados ao Parlamento.

Num outro prisma, o fim de banco de horas individual está a faz disparar o de grupo. Confuso? Não é para menos porque a área do direito laboral é sempre complexa. Antes da revogação daquela figura, em 2019, havia 93 mil trabalhadores do privado com banco de horas individual e apenas 3 mil com o grupal. Hoje, estes últimos passaram a 73 mil. Conheça aqui todos os detalhes.

Mais três trabalhos que poderá ler nesta edição de terça-feira do seu Jornal de Negócios: a DreamMedia está a acelerar para Lisboa à boleia da Carris Metropolitana, a gestora de patrimónios Indosuez gere 700 milhões em Portugal e quer duplicar este valor e a Oni que admite estar às compras no mercado português.

Terça-feira é, como habitualmente dia do seu Radar África que esta semana lhe dá conta dos posicionamentos em torno da sucessão a João Lourenço no MPLA. O general Higino Carneiro já anunciou oficialmente a sua candidatura, tal como Fernando Piedade Dias dos Santos, que já foi vice-presidente do país.

Deixo-lhe ainda uma sugestão: o episódio desta semana do programa Negócios Record, sobre o novo sistema de agentes da FIFA e que teve como convidado Luís Villas-Boas Pires. Uma conversa que se centrou nas comissões cobradas pelos empresários, a transparência no futebol e os conflitos de interesses nas vendas de jogadores. Poderá ouvir e ver aqui ou nas principais plataformas de podcast.

Votos de um excelente dia nesta semana mais curta. E mantenha-se atualizado no seu site de sempre.