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Desinformação é uma armadilha colocada no caminho das eleições
27/05/2024 11:00

As instituições europeias têm alertado para a proliferação de desinformação e de notícias falsas que visam minar a confiança na União Europeia (UE). Com o aproximar do ato eleitoral nos 27 as instituições estão em alerta e pedem vigilância.

No último relatório sobre a execução da Estratégia para a União da Segurança, a Comissão Europeia adverte que a exploração potencial de novas tecnologias, como a inteligência artificial, por parte de intervenientes mal-intencionados "levanta novos desafios de segurança para as nossas democracias", especialmente num ano marcado pelas eleições europeias.

Os ministros dos Assuntos Europeus também se mostram preocupados, em particular com possíveis interferências externas. Na última reunião, defenderam a necessidade de intensificar "as medidas destinadas a monitorizar as tentativas de interferir no processo democrático da UE por parte de intervenientes estrangeiros".

"Esta eleição [as europeias] será um teste aos nossos sistemas", avisou a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, quando se dirigiu aos líderes dos 27 em março.

Técnicas mais eficientes

O Observatório Europeu para os Meios de Comunicação Digitais junta verificadores de factos, jornalistas e académicos no combate à desinformação, em cooperação com as instituições comunitárias. No seu boletim mensal de abril constata um aumento de notícias falsas e de desinformação relacionada com a UE. Naquele mês foi mesmo atingido o pico.

Peter Stano, porta-voz para a Política Externa e de Segurança, do Serviço Europeu de Ação Externa (a máquina diplomática da UE), também confirma a tendência. "Com base na análise realizada pelos peritos do Serviço Europeu de Ação Externa, assistimos a um aumento na quantidade mas também na qualidade destas campanhas". As ferramentas para disseminar desinformação são hoje mais eficientes. O porta-voz dá como exemplo a inteligência artificial barata, técnicas para espalhar desinformação nas redes sociais e maior volume de informação manipulada.

Ferramentas de proteção

Nos últimos anos, a UE aprovou uma série de instrumentos para combater notícias falsas e a ingerência estrangeira. Existe a Lei dos Serviços Digitais com obrigações de combate à desinformação por parte das plataformas, novas regras de transparência para a propaganda política que proíbem anúncios patrocinados de fora da UE antes das eleições e a lei sobre inteligência artificial com requisitos de transparência para conteúdos gerados por IA.

A UE coopera com organismos de verificação de factos, dispõe de equipas de resposta rápida a ameaças híbridas e de uma "task force" do Serviço de Ação Externa. No Parlamento Europeu foram criadas duas comissões sobre ingerência estrangeira nos processos democráticos.

A presidente da Comissão defendeu recentemente a necessidade de a UE passar a um nível mais ambicioso. Se for reeleita, Ursula von der Leyen prometeu a criação de um "escudo" para defender a democracia europeia através de "novas capacidades comuns a nível europeu" para combater as interferências estrangeiras e a desinformação.


Numerologia

1.716Artigos
1.716 artigos foram identificados em abril como tendo desinformação: 11% eram sobre a UE, 11% sobre alterações climáticas e 10% sobre a guerra na Ucrânia.
5%Inteligência artificial
Do total dos artigos verificados, segundo o Observatório Europeu para os Meios de Comunicação Digitais, 5% terão sido gerados por IA.
41Dispositivos
Ciberataques e cibercriminalidade estão a aumentar. Prevê-se que 41 mil milhões de dispositivos em todo o mundo estarão ligados à internet até 2025.

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