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Lisboa com terrenos para cooperativas, o novo terminal de Alcântara e a herança na energia
06/02/2024 07:01

Bom dia,

A Câmara de Lisboa vai avançar com a cedência de terrenos ou imóveis devolutos da autarquia para a construção de habitação em regime cooperativo. A ideia é que o direito de superfície seja cedido por 90 anos e que a autarquia forneça logo um projeto de arquitetura previamente lançado a concurso público e já devidamente licenciado, bem como o alvará de construção. A cooperativa fica encarregue da construção e terá de ter financiamento próprio.

Sublinhe-se também que a Câmara de Lisboa recebeu um conjunto de contributos no âmbito do processo de consulta pública da Carta Municipal de Habitação e está já a analisá-los e a avaliar a introdução de eventuais alterações ao documento. A ideia é que o mesmo volte a ser discutido com os vários vereadores "até final de fevereiro" para depois ser levado à assembleia municipal, disse ao Negócios a vereadora da Habitação e Obras Municipais, Filipa Roseta.

Ainda na capital, o terminal de Alcântara tem uma nova vida, verde e digital, que uma reportagem do Negócios lhe dá a conhecer.

E do lítio ao offshore, quanto fica de herança para o futuro Governo? Com os cenários pós-eleitorais completamente em aberto, uma coisa é certa: o Executivo que vier a ser formado depois de 10 de março vai ter de dar seguimento a uma gaveta cheia de projetos a favor da transição energética avaliados em 76 mil milhões de euros pela Direção.Geral de Energia e Geologia.

Na banca, o destaque vai para o BPI, que no ano passado renegociou 9 mil créditos sem que ninguém tivesse de entregar a casa. Em 2023, o lucro consolidado do BPI aumentou 42% para 524 milhões de euros. Em Portugal o resultado aumentou 86% para 444 milhões de euros.

Ainda com o setor financeiro em foco, os especialistas ouvidos pelo Negócios criticam os bancos na venda dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) da SAD do Sporting, considerando que devia ter havido mais transparência.

Mudando o radar para África, o norte de Moçambique viu-se confrontado, no arranque deste ano, com um recrudescimento dos ataques dos extremistas islâmicos que atuam na região. "Este regresso em força do terrorismo, após um ano de 2023 em que se registou um decréscimo significativo do número de vítimas, não é fruto do acaso, mas antes o instrumento para manter em suspenso a exploração de gás natural em Cabo Delgado", analisa o diretor adjunto do Negócios, Celso Filipe.

Boas leituras e boa semana,