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Já Está! Assinada a salvação do rei dos cogumelos com perdão de 54 milhões
28/05/2020 18:01

Dois anos e meio depois de andar no corredor da morte, e após quatro adiamentos da data para a realização da escritura de transação, a maior produtora portuguesa de cogumelos acaba de assegurar a sua continuidade, através da sua passagem para novos donos, no âmbito da aprovação de um plano de recuperação que contempla um perdão de dívida da ordem dos 54 milhões de euros.
 
O administrador judicial do grupo Sousacamp confirmou ao Negócios que, esta quinta-feira, 28 de maio, assistiu-se à formalização da operação de cessão de créditos operada pelas instituições financeiras a favor da capital de risco Core Capital e o cumprimento da condição precedente à homologação do plano de recuperação que ainda se mostrava pendente.
 
"Agora, haverá que aguardar pela homologação do plano de recuperação pelo tribunal, e ainda pelo respetivo trânsito em julgado da sentença homologatória, momento em que o plano entrará, formalmente, em vigor", explicou Bruno Costa Pereira.
 
Em causa estava a venda dos créditos do Novo Banco e do Crédito Agrícola, os maiores credores da Sousacamp, que inicialmente tinham concordado em perdoar cerca de 37 milhões de euros, mas que entretanto acordaram em fazer um "haircut" adicional de dois milhões de euros.
Depois de ter aceitado perdoar 24 milhões dos mais de 34 milhões de euros que tinha a haver no grupo, o Novo Banco aceitou perdoar mais 1,4 milhões, enquanto o grupo Caixa Agrícola Mútuo, que já tinha feito um desconto de 11 milhões dos 15,9 milhões que reclamava, acabou por perdoar mais 700 mil euros.
 
Contas feitas, a Core Capital e a sua parceira Sugal irão ficar com o maior produtor nacional de cogumelos através da liquidação dos créditos daquelas duas instituições, de cerca de 12,3 milhões de euros, assumindo, ainda, as dívidas ao Fisco (2,4 milhões de euros) e à Segurança Social (881 mil euros).
 
O grupo Sugal, um dos maiores produtores mundiais de tomate concentrado, que é detido pela família Ortigão Costa, já é acionista da Core Capital e terá uma participação direta de 10% no grupo Sousacamp.
 
O Novo Banco e o Crédito Agrícola aceitaram, também, apoiar a tesouraria do grupo Sousacamp com linhas de créditos de dois milhões de euros.
 
Fundamental para o acordo final de recuperação do maior produtor nacional de cogumelos, para cumprir a tal condição precedente à homologação do plano, foi o papel do credor público IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas), que aceitou suspender uma garantia bancária, de 5,2 milhões, por conta do financiamento de 17milhões de um projeto da Sousacamp que parou a meio.
 
A Core Capital, que já tinha adiantado à massa insolvente do grupo Sousacamp cerca de dois milhões de euros para o pagamento de salários aos trabalhadores nos últimos meses, compromete-se a viabilizar novos investimentos, que deverão ultrapassar os 10 milhões no decurso dos próximos anos.
 
Recuperação do grupo Sousacamp representa a manutenção de quase 400 empregos
 
Ainda em declarações ao Negócios, o administrador judicial que "só a grande disponibilidade e empenho demonstrado por todas as partes envolvidas no processo possibilitou este bom desfecho", e enalteceu "a importância que a recuperação do grupo Sousacamp representa no contexto atual que a economia atravessa, o que permitirá assegurar a manutenção de quase 400 postos de trabalho diretos no imediato, a viabilização de importantes investimentos visando a modernização das unidades fabris, o que se consubstanciará, a médio-prazo, em mais e melhor emprego nas regiões onde o grupo tem presença".
 
Também fez questão de deixar "uma nota especial de reconhecimento para todos os colaboradores do grupo Sousacamp que, durante estes dois anos e meio que durou este processo de recuperação, não deixaram de acreditar, tendo, diariamente, dado o seu contributo empenhado para este bom desfecho".
 
Questionado sobre o que sucederá com as demais empresas que integram o grupo Sousacamp as quais estão, igualmente, em processo de insolvência, explicou que se trata de "empresas que trabalham em exclusivo para a empresa Varandas de Sousa, pelo que, nesse caso, o que estará em causa será, acima de tudo, a salvaguarda do emprego".
 
Resultado: "No seguimento da recuperação da Varandas de Sousa [braço industrial do grupo], e conjuntamente com os novos investidores e credores daquelas, serão adotadas as medidas tendentes para pôr termo àqueles processos, o que deverá passar pela concentração de toda a atividade junto da empresa recuperada", rematou Bruno Costa Pereira.
 

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