Maiores exportadoras perdem peso em ano de desinflação
25/04/2024 19:40
O peso das dez maiores empresas exportadoras portuguesas no total das exportações de bens caiu em 2023. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que, no ano passado, o total das exportações do top 10 de maiores exportadoras encolheu 28%. A explicar em parte este recuo estiveram os preços dos bens exportados que abrandaram num ano marcado pelo início do processo de desinflação.
Os dados do INE revelam que as dez maiores exportadoras venderam ao exterior bens no valor de 13,5 mil milhões de euros em 2023, o que correspondeu a 17,4% do total de exportações nacionais (cerca de 78 mil milhões). Em comparação com 2022, tanto o peso como o total exportado caíram: o top 10 português vendeu menos 2 mil milhões de euros em bens ao exterior e viu o seu peso no total de exportações encolher 2,1 pontos percentuais face aos 19,5% observados em 2022.
Essa queda é explicada, em grande medida, pelo abrandamento dos preços dos bens exportados. Isso deve-se ao facto de o montante total de venda de de bens ao exterior ser apresentado em valores nominais, ou seja, que não excluem os efeitos da inflação – que contribuiu decisivamente para a bonança nas exportações em 2022. Ora, em 2023, os preços das exportações caíram de 7,8% em janeiro para -3% em dezembro, quando a variação média no ano anterior tinha sido de 16,6%, o que se refletiu no total exportado.
O INE ressalva, no entanto, que, “uma vez que os grupos das dez maiores empresas exportadoras e importadoras sofreram alterações face a 2022, os valores agregados das dez maiores empresas em cada um dos anos não são comparáveis, pelo que não é correta a aplicação da taxa de variação neste contexto”.
A liderar o top de maiores exportadores nacionais manteve-se, pelo terceiro ano consecutivo, a Petrogal, detida pela Galp. À semelhança do que se verificou no ano passado, a Volkswagen Autoeuropa e a papeleira The Navigator Company fecharam o pódio das maiores exportadoras nacionais em 2023. Também sem alterações na lista, seguiram-se a Continental Mabor, a Bosch Car Multimedia e a Aptivport Services.
A ocupar o sétimo lugar, aparece pela primeira vez a farmacêutica norte-americana Lilly, responsável por medicamentos para o tratamento da depressão, insulina para o tratamento de diabetes e outros medicamentos para tratamentos nos ossos, músculos e articulações, cancro e doenças cardiovasculares. A Visteon Electronics foi a oitava maior exportadora em 2023, subindo dois lugares face à posição que ocupava em 2022, e a Faurécia caiu da sexta posição para nona.
A fechar o “ranking” ficou a alemã Purem em Tondela, que desceu um lugar face a 2022. De fora da lista, ficou a Repsol Polímeros.
Importadoras com mais mexidas
O impacto do abrandamento dos preços teve expressão também nas importações. Em 2023, as dez maiores empresas importadoras nacionais compraram ao exterior bens no valor de 15,1 mil milhões de euros, menos 3,7 mil milhões face a 2022. Por outro lado, o peso do top 10 de importadoras no total das importações de bens encolheu para 14,4%.
À semelhança do que se verifica nas exportações, a Petrogal liderou também o “ranking” de maiores importadoras, como tem sido habitual há vários anos, dada a dependência portuguesa do petróleo externo. A Volkswagen Autoeuropa subiu do terceiro ao segundo lugar e a terceira posição foi para a farmacêutica Lilly, se estreia no top de maiores importadoras e exportadoras nacionais. A subirem ambos uma posição, seguiram-se as retalhistas Lidl e Pingo Doce.
Em sexto lugar, estreia-se a SIVA, que se dedica à importação de veículos automóveis. A Bosch Car Multimedia mantém-se na sétima posição, seguida pela Galp Gás Natural, que passa do quarto para oitavo lugar. Em nono lugar, surge a Mercedes-Benz, que é outra novidade no top 10, e a Inditex – dona da Zara – fecha o “ranking”, com uma queda da oitava para a décima posição. Face ao ano passado, ficaram de fora a EDP, Endesa e a Aptivport.
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