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Northvolt estuda vender negócio de bateriais industriais até ao final do ano
04/12/2024 12:34

A fabricante sueca de baterias de lítio para veículos elétricos Northvolt está em conversações com grandes empresas industriais para vender o negócio de fabrico de baterias para a indústria pesada até ao final do ano, numa altura em que enfrenta dificuldades financeiras para rentabilizar este segmento que era um dos mais lucrativos. A informação é avançada pela Reuters, que cita uma nota interna.

Esta é uma das últimas tentativas da empresa, que entretanto pôs fim a uma parceria com a Galp no projeto de uma refinaria de lítio em Setúbal, de melhorar as suas finanças e focar-se apenas no negócio de fabrico de células de baterias, ao invés do fabrico e reciclagem.

Em causa está a Northvolt Systems Industrial e a empresa revela, na nota interna de 22 de novembro, que estava em conversações com uma "grande companhia industrial" há dois meses e que um acordo era esperado nas próximas semanas. Mas caso não consiga vender esta subsidiária a Northvolt terá de encerrar o negócio, uma vez que não é rentável.

Além do segmento industrial, a empresa revelou também, quando pediu proteção para credores, que pretende vender o negócio de armazenamento de energia.

A fabricante europeia de baterias - cuja ambição era fazer sombra à americana Tesla e combater a dependência dos fabricantes de automóveis ocidentais em relação aos seus rivais chineses - tem vindo a enfrentar uma grave crise financeira.

A situação culminou num pedido de proteção contra credores ao abrigo do capítulo 11 da Lei de Insolvências dos Estados Unidos e a respetiva saída do CEO e cofundador Peter Carlsson em finais de novembro. A Northvolt precisa de angariar entre mil milhões e 1,2 mil milhões de dólares para conseguir reerguer os negócios, de acordo com declarações de Carlsson à Reuters.

Neste momento, a empresa sueca afirma ter apenas cerca de 30 milhões de dólares em dinheiro, com as dívidas a ascenderem aos 5,8 mil milhões de dólares. Em setembro, a Northvolt já tinha cortado cerca de 1.600 postos de trabalho, numa altura em que a indústria de carros elétricos tem enfrentado algumas dificuldades.