Reino Unido aplica sanções a Isabel dos Santos e dois dos seus associados
21/11/2024 14:47
O Governo britânico anunciou esta quinta-feira sanções à empresária angolana Isabel dos Santos e dois dos seus associados, incluindo a proibição de entrar no país e o congelamento de ativos.
As sanções constituem o primeiro passo da nova campanha do Ministério dos Negócios Estrangeiros para combater a corrupção e o financiamento ilícito, segundo o comunicado.
Estão abrangidos pelas sanções outros dois "cleptocratas (...) que desviaram riquezas dos seus países de origem, bem como os seus amigos, familiares e intermediários que os ajudaram", o ucraniano Dmitry Firtash e o político letão Aivars Lembergs.
Para além de Isabel dos Santos, são ainda alvo de sanções a partir de hoje a sócia e amiga Paula Oliveira e o ex-diretor financeiro da Sonangol Sarju Raikundalia.
"Isabel dos Santos, filha do antigo presidente de Angola, abusou sistematicamente dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas [420 milhões de euros], privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento", afirma o Governo britânico, lembrando que a empresária é alvo de um aviso vermelho da Interpol desde novembro de 2022 e, no mês passado, perdeu um processo no Tribunal de Recurso relativo ao congelamento dos seus bens a nível mundial.
Os seus associados ajudaram Isabel dos Santos a desviar "a riqueza de Angola em seu próprio benefício", acrescenta-se.
Sobre Dmitry Firtash, dizem tratar-se de um "oligarca (...) que extraiu centenas de milhões de libras da Ucrânia através da corrupção e do seu controlo da distribuição de gás e que escondeu dezenas de milhões de libras de ganhos ilícitos no mercado imobiliário do Reino Unido".
A mulher do oligarca, Lada Firtash, que lucrou com a corrupção e detém ativos no Reino Unido, bem como Denis Gorbunenko, um intermediário financeiro baseado no Reino Unido que serviu como facilitador dos negócios foram também sancionados.
Quanto a Aivars Lembergs, trata-se de uma das pessoas mais ricas da Letónia, "que abusou da sua posição política para cometer subornos e branquear dinheiro".
Segundo o comunicado, Lembergs escondeu "o produto da corrupção" em fundos de investimento e outras estruturas empresariais, incluindo em nome da filha, Liga Lemberg, também sancionada.
Em 2021, um tribunal de Riga declarou Lembergs culpado de 19 acusações, incluindo extorsão de subornos, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e uso indevido de função.
Esta é uma mudança radical na forma como o Governo "está a utilizar os seus poderes de sanção para tornar o Reino Unido um ambiente mais hostil para os agentes corruptos operarem", adianta o governo, sublinhando que "a luta contra a corrupção e o financiamento ilícito é vital para proteger o público britânico do crime organizado".
Citado no comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, declara-se comprometido a "enfrentar os cleptocratas e o dinheiro sujo que lhes dá poder", frisando que as sanções são o primeiro passo.
"A maré está a mudar. A era dourada do branqueamento de capitais terminou", reforçou o ministro.
As sanções complementam o trabalho que está a ser realizado pelo Centro Internacional de Coordenação Anticorrupção (IACCC), uma unidade de aplicação da lei de âmbito internacional que envolve várias agências e presta apoio em investigações sobre corrupção e apropriação indevida dos ativos de um país.
"O IACCC está atualmente a prestar assistência a investigações em 42 países. Só em Angola, a IACCC prestou apoio na identificação e congelamento de centenas de milhões de libras de produtos do crime", refere-se no documento.
O IACCC ajudou já a identificar 1,45 mil milhões de libras em ativos ocultos (1,74 mil milhões de euros), dos quais 631 milhões de libras (757 milhões de euros) foram congelados por ordens judiciais, e permitiu 49 detenções de pessoas politicamente expostas ou de agentes corruptos.
Câmara de Lisboa perspetiva novidades "ainda este ano" sobre projeto de metro ligeiro até Oeiras
21/11/2024 19:52
Presidente do INEM diz que socorro pré-hospitalar não é para privatizar
21/11/2024 19:44
Sindicato vai convocar greves na Volkswagen na Alemanha a partir de dezembro
21/11/2024 18:28
Salvador Caetano volta a apostar em mais três marcas chinesas
21/11/2024 18:19
Encontro fora da Caixa: O realismo do Orçamento de Estado para 2025
21/11/2024 18:04
Matt Gaetz desiste da nomeação a procurador-geral de Trump
21/11/2024 17:55
Lucro da Altri mais do que triplica até setembro para 89,6 milhões
21/11/2024 17:38
Provedora pede à ministra da Justiça que garanta direito ao esquecimento em insolvências
21/11/2024 17:03
Sonae lidera investimento de 10 milhões na norte-americana Trustero
21/11/2024 17:00
Lisboa escapa às perdas com impulso do BCP
21/11/2024 16:49
Pensões: PCP, BE e Livre votam a favor proposta do PS e viabilizam aumento adicional em 2025
21/11/2024 16:18
Dona da JOM converteu antiga sede vínica num ?retail park? de 12 milhões
21/11/2024 16:04
Galp quer transformar postes de iluminação pública em carregadores de veículos elétricos
21/11/2024 15:42
Entradas de museus e monumentos aumentam a partir de janeiro. Torre de Belém fica sete euros mais ca
21/11/2024 15:33
Reino Unido aplica sanções a Isabel dos Santos e dois dos seus associados
21/11/2024 14:47
Papa Francisco alerta para situação financeira do Vaticano e pede ação
21/11/2024 14:10
Venãncio Mondlane só aceita reunião com Presidente de Moçambique com agenda
21/11/2024 13:48
Com quase dois anos de atraso, Troço Celorico da Beira-Vilar Formoso vai reabrir
21/11/2024 13:22
Regiões europeias rejeitam centralização da Política de Coesão e pedem reforço pós-2027
21/11/2024 13:01
Economia da OCDE cresce 0,5% do segundo para o terceiro trimestre
21/11/2024 12:58