Wall Street reage com perdas à "falta de pressa" de Powell nas taxas de juro
14-11-2024 21:10
Wall Street terminou o dia, que já estava morno, em terreno negativo. As bolsas norte-americanas foram penalizadas pelo discurso de há momentos do presidente da Reserva Federal (Fed), que afirmou não estar com pressa em cortar os juros nos EUA, já que a economia do país tem mostrado resiliência.
Num discurso feito a partir de Dallas, Jerome Powell reafirmou que "aeconomia não dá qualquer sinal de que seja preciso pressa para reduzir as taxas de juro. A força da economia a que estamos a assitir neste momento dá-nos a capacidade de tomar com cuidado as nossas decisões", acrescentou.
É uma quebra depois do "rally" que Wall Street viveu após as eleições norte-americanas, em que Donald Trump saiu vitorioso e cujas prometidas propostas devem apoiar o crescimento económico da já maior economia do mundo.
Ainda assim, os analistas consultados pela Bloomberg acreditam que não há grandes motivos para os investidores começaram já a liquidar ações, pelo menos até à mudança em Washington.
Assim, o mercado de ações encerrou perto de mínimos atingidos durante a sessão. O índice industrial Dow Jones fechou a perder 0,47%, para 43.750,86 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 registou uma queda de 0,59% para 5.949,09 pontos. Também o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,63% para se fixar nos 19.109,29 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, as empresas de carros elétricos Tesla e Rivian mergulharam 5% e 15%, respetivamente, depois de a equipa de transição de Donald Trump revelar que deve acabar com o apoio de 7.500 dólares à compra de carros elétricos nos EUA.
Apesar de a gigante de Elon Musk se ter posicionado a favor da proposta - já que impactaria ligeiramente a Tesla mas iria "destruir" as concorrentes - a verdade é que a decisão afetou desde logo as ações das fabricantes de elétricos.
As ações da Super Micro caíram mais de 10%, estendo as perdas ontem registadas, depois de a empresa ter anunciado esta quarta-feira, 13 de novembro, o adiamento do relatório de contas.
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