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O efeito Trump, as fortunas cripto e o que alimenta a inflação
14/11/2024 07:45

Bom dia,

Ontem já ao início da noite, foi confirmado o pleno do Partido Republicano: ganhou a Câmara dos Representantes, o Senado e a presidência. Donald Trump "takes it all", depois dos resultados das eleições de 5 de novembro. Ontem foi recebido pelo presidente cessante, Joe Biden, que retomou a tradição de convidar o vencedor para um encontro na Casa Branca – algo que o próprio Trump recusou em 2020. Na edição de hoje, temos um especial sobre a mudança que está a acontecer na América e como isso impacta nas tecnológicas, onde alguns dos mais influentes líderes, como Elon Musk, estão a entra diretamente na administração.

As ondas da vitória de Trump já se fazem sentir na Europa. O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu que a União Europeia "sincronize" a sua regulação financeira com a dos Estados Unidos, insistindo no apelo para que a Europa não aplique regras mais rigorosas do que as norte-americanas. O Chefe de Estado francês não referiu as eleições presidenciais norte-americanas, mas é conhecida a resistência do sistema financeiro dos EUA às novas exigências previstas no acordo de Basileia III, que impõe rácios de capital mais apertados e cuja implementação – tanto no calendário como nas normas nele previstas – pode estar em causa face à vitória de Donald Trump.

Com os dados divulgados ontem pelo INE sobre a inflação, já é possível ter uma análise mais detalhada sobre o que está a mexer com a variação de preços. Pela quinta vez desde o arranque deste ano, a inflação voltou a acelerar em outubro. Mas agora com uma novidade: foram os bens que contribuíram para a aceleração da taxa de inflação, enquanto os serviços pesaram em sentido contrário. Há mais de um ano que essa tendência não se verificava, já que, até aqui, eram os serviços que mais puxavam pela aceleração da taxa de inflação em Portugal.

E quanto valem as fortunas cripto em Portugal? Há pelo menos 100 milhões de euros. A estimativa, avançada ao Negócios por várias fontes que pediram para manter o anonimato, é vista até como conservadora e anterior à eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, que catapultou a bitcoin para recordes. Trata-se de património em criptoativos de investidores nacionais e estrangeiros que decidiram fazer a sua vida no país e não param de crescer face à escalada de mais de 30% da criptomoeda desde as presidências norte-americanas. Esta quarta-feira ultrapassou a fasquia dos 90 mil dólares.

Ontem, a Sonae apresentou os resultados dos primeiros nove meses e ficámos a saber que a empresas está a reforçar a aposta no segmento imobiliário residencial. A Sierra, braço imobiliário da Sonae, "está a expandir ativamente a sua carteira, com foco no segmento residencial, tendo recentemente adquirido o seu primeiro projeto em Espanha e estando em negociações para o seu primeiro projeto de ‘build-to-rent’ [construir para arrendar]" em Portugal, revela o grupo sediado na Maia nos resultados dos primeiros nove meses.

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Boas leituras e bom resto de dia.