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Adoção de tecnologias de automação e de IA vão obrigar a requalificar 1,3 milhões de empregos
21/10/2024 14:17

A adoção célere de tecnologias de automação e de inteligência artificial (IA) por parte das empresas portuguesas poderá levar a um salto de 2,7 pontos percentuais (p.p.) no contributo da produtividade para o crescimento do PIB, entre 2023 e 2030. Já uma generalização mais lenta da IA poderá provocar uma subida de apenas 0,2 pontos percentuais na riqueza gerada pelo país naquele período, por via da produtividade.

Esta é uma das conclusões de um relatório elaborado pela McKinsey Global Institute intitulado Future of Work - Automação e GenAI que procura consciencializar para a importância da adoção rápida destas "novas" tecnologias nas empresas, que se mostra fundamental para o crescimento da economia portuguesa nos próximos anos.

 

O relatório aponta que esta é "uma realidade inevitável que impactará as tarefas existentes", sendo importante apostar-se numa implementação rápida destas tecnologias. A adoção mais lenta poderá ter um impacto quase nulo no crescimento do PIB português até 2030 - de 0,2% vs. os 3,1% registados caso esta adoção seja mais rápida. Uma evolução lenta na IA aumentará ainda o fosso entre o crescimento da economia portuguesa e os restantes países da UE e não só. 

Um dos pontos deste relatório prende-se com o facto da adoção, por si só, destas tecnologias nas empresas não ser o único fator a ter em conta. Será necessário um esforço para requalificar e formar os trabalhadores de modo a que este processo seja sinónimo de um aumento de produtividade, já que a automação de certas tarefas libertará horas de trabalho que poderão ser dedicadas a outras de maior valor acrescentado. No que toca à IA, estima-se que, por cada euro que seja investido na sua adoção, serão necessários 3 euros para a gestão destas mudanças. 

Na apresentação do relatório, Duarte Begonha, sócio sénior da McKinsey & Company, afirma que "praticamente todos os setores vão ser impactados em Portugal", já que até 2030 se prevê que a adoção rápida destas tecnologias irá afetar aproximadamente 30% do mercado de trabalho, o que significa uma requalificação de cerca de 1,3 milhões de empregos. Tal conduzirá à necessidade de realocação profissional de cerca de 320 mil pessoas, já que vai haver setores com maior procura do que outros. Já a ausência de políticas de realocação e requalificação poderá levar a um aumento do desemprego, com cerca de 250 mil pessoas por realocar e a um impacto negativo no crescimento do PIB até 2030 –  podendo originar quebras entre 0,5 e 0,7 pontos percentuais.

Entre os setores, o maior impacto previsto é nas áreas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) e da saúde.

A questão de fundo não é, portanto, a adoção por si só destas novas tecnologias, já que este é "um comboio em andamento", diz Duarte Begonha. Mas sim a rapidez com que Portugal será capaz de o fazer, o que, de acordo com o relatório da McKinsey, poderá significar um crescimento da economia portuguesa em linha com o da UE e dos EUA. 

Para tal, diz o relatório, será necessário "obter um alinhamento estratégico nacional entre setores empresarial, educativo e público". Com isto, terá de se apostar num investimento em infraestrutura tecnológica necessária para esta adoção célere; uma qualificação da força de trabalho e ainda garantir que os líderes destes setores se foquem na definição de uma estratégia de implementação destas tecnologias e no desenvolvimento de infraestruturas e de competências dos trabalhadores, de forma a assegurar um ritmo de adoção rápido e sustentável.  

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