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Portugal recupera oito posições e chega ao 50.º lugar do "ranking" de adoção cripto
11/09/2024 23:13

Portugal subiu no "ranking" anual de adoção de criptomoedas da consultora Chainalysis. O país avançou oito posições e está agora em 50.º lugar, de acordo com os dados a que o Negócios teve acesso. Esta é uma reviravolta face ao ano anterior, em que o país afundou 20 posições, depois de em 2022 ter também descido para o 38.ª lugar, 20 patamares abaixo do 18.º nível alcançado em 2021.  A última vez que Portugal subiu foi nesse mesmo ano, tendo disparado do 57.º lugar que contabilizara em 2020.

Este movimento de aumento acontece numa altura em que o mercado vive um momento bastante positivo, à boleia do "bull market" que arrancou no ano passado. Em 2023, a bitcoin mais que duplicou o seu valor, tendo desde o início deste ano ganho cerca de 36%. Atualmente,  a criptomoeda está a cotar-se na fasquia dos 57 mil dólares, depois de ter atingido o pico histórico dos 73.157,29 dólares, em meados de março. 

O "rally" impulsionou o restante mercado, sendo que a capitalização de um total de mais de dois milhões de criptomoedas está em cerca de dois biliões de dólares.

"Entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2024, o montante total da atividade global com criptoativos aumentou de forma substancial, tendo atingido um nível mais elevado do que em 2021, durante o 'bull market'", refere o relatório.

No último ano, o crescimento da adoção cripto foi conduzido sobretudo pelos países de rendimento médio-baixo. Já em 2024, "a atividade cripto aumentou em todos os países", independente do rendimento, ainda que se tenha notado um recuso nos países com rendimento elevado.

Esta harmonização pode ser explicada pela adesão a dois instrumentos financeiros distintos e que conseguiram puxar pela adesão às cripto, quer nos países desenvolvidos, quer nos Estados em desenvolvimento.

"O lançamento dos [primeiros 'exchange traded funds'] ETF nos EUA desencadearam um aumento do montante total da atividade com bitcoin em todas as regiões, com um crescimento homólogo particularmente mais forte nas transações institucionais e nas regiões onde estão países com rendimentos mais elevados, como a América do Norte e a Europa Ocidental", nota a Chainalysis.

Por outro lado, o crescimento anual das 'stablecoins' - criptomoedas cujo preço está indexado à cotação de outro ativo - foi mais elevado nas transações do retalho e "está a suportar casos de uso no mundo real em países com rendimentos baixos e médio-baixos, em regiões como a África Subsariana e a América Latina", acrescenta a consultora.

A Índia volta a ocupar o primeiro lugar neste "ranking" anual, seguida da Nigéria e Indonésia. O top 20 é fechado pelo Canadá, Coreia do Sul e China.