Medina só consumiu 20% das reservas especiais das Finanças, quase tudo com pagamento à EDP
29/05/2024 18:11
O antigo ministro das Finanças, Fernando Medina, terá consumido apenas 20% das reservas orçamentais especiais sob a sua gestão, com a maior parte dos gastos a traduzir-se num pagamento de 228 milhões de euros à EDP após acordo extrajudicial sobre o pedido da elétrica para reaver contrapartidas entregues ao Estado pela barragem do Fridão, que nunca chegou a avançar, indica uma análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ao Parlamento.
No relatório sobre a execução orçamental do primeiro trimestre, a unidade coordenada por Rui Baleiras inclui uma análise às despesas do chamado Capítulo 60, que agrega dotações para gastos extraordinários, parte das quais sob gestão direta do ministro das Finanças. "A natureza das operações neste capítulo e a sua elevada materialidade no 1º trimestre de 2024 justificam a atenção dada a esta matéria", justifica a UTAO .
Recorde-se que, com a entrada em cena do novo Governo, a partir de março, o volume da despesa excecional realizada pelo anterior Executivo foi questionado pelo novo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, segundo o qual o antecessor teria consumido metade da dotação provisional das Finanças e aprovado 1.080 milhões de euros em despesa não especificada no Orçamento para este ano. Miranda Sarmento somaria ainda mais 1.200 milhões de euros de compromissos em resoluções de Conselho de Ministros aprovadas já após a demissão do ex-primeiro-ministro António Costa, em novembro. As acusações foram feitas perante a degradação do saldo orçamental em contabilidade pública no arranque do ano, para um défice de 259 milhões de euros.
Os cálculos das UTAO com base nos dados de execução até 31 de março demonstram que, efetivamente, praticamente metade da dotação provisional do Ministério das Finanças – uma gaveta orçamental de 500 milhões de euros para imprevistos – foi consumida até ao final do primeiro trimestre. Ao certo, foram gastos 239 milhões de euros.
Neste valor, destaca-se porém "a operação de pagamento do acordo extrajudicial relativo à devolução à EDP do valor recebido a título de concessão da barragem do Fridão, no valor de 228 milhões d euros". "Esta operação foi executada pela Secretaria-Geral do Ministério das Finanças, representando 10% do incremento das transferências correntes até ao final de março", detalha a UTAO, e tendo sido financiada com recurso à utilização da dotação provisional "não irá afetar o resultado orçamental de 2024 em contas nacionais, uma vez que foi já reconhecida pela autoridade estatística em 2023". Ou seja, a operação entrará não nas contas do saldo deste ano, mas nas do ano anterior, com excedente estimado pelo INE em 1,2% do PIB.
Nas restantes gavetas que estão na mão do ministro das Finanças, encontram-se ainda a reserva orçamental (412 milhões de euros), uma dotação para regularização de passivos e aplicação em ativos (690 milhões), outra para contrapartida nacional para investimento cofinanciado (50 milhões) e ainda uma reserva de cinco milhões para financiar o Orçamento Participativo.
Ao certo, são 1.657 milhões de euros, dos quais 332 milhões foram gastos até ao final de março. Ou seja, um quinto no total dos instrumentos de controlo da despesa geridos pelo Ministério das Finanças.
"No 1º trimestre, a utilização em despesa de dotação provisional (239 milhões de euros), dotações centralizadas (92 milhões de euroos) e da reserva orçamental (1 milhão de euros) totalizou 332 milhões de euros, o que representa cerca de 20% das dotações totais inicialmente bloqueadas", discrimina a UTAO.
A unidade técnica também faz a apreciação dos montantes de cativações libertados, agora sob decisão setorial de cada ministério. Nos dados, que correm apenas até ao final de fevereiro nesta análise, foram gastos 210 em 824 milhões de euros, ou seja, 26% do total.
AICEP considera "altamente improvável" que investimentos dos EUA em Portugal estejam em causa
21/11/2024 23:12
António José Seguro assume estar a ponderar candidatura a Belém
21/11/2024 21:57
Wall Street encerra no verde. Alphabet afundou mais de 4%
21/11/2024 21:13
Ramada mais do que triplica lucros para 26,9 milhões até setembro
21/11/2024 20:33
Grupo Névoa compra stand da Volvo em Palmela
21/11/2024 20:15
Câmara de Lisboa perspetiva novidades "ainda este ano" sobre projeto de metro ligeiro até Oeiras
21/11/2024 19:52
Presidente do INEM diz que socorro pré-hospitalar não é para privatizar
21/11/2024 19:44
Sindicato vai convocar greves na Volkswagen na Alemanha a partir de dezembro
21/11/2024 18:28
Salvador Caetano volta a apostar em mais três marcas chinesas
21/11/2024 18:19
Encontro fora da Caixa: O realismo do Orçamento de Estado para 2025
21/11/2024 18:04
Matt Gaetz desiste da nomeação a procurador-geral de Trump
21/11/2024 17:55
Lucro da Altri mais do que triplica até setembro para 89,6 milhões
21/11/2024 17:38
Provedora pede à ministra da Justiça que garanta direito ao esquecimento em insolvências
21/11/2024 17:03
Sonae lidera investimento de 10 milhões na norte-americana Trustero
21/11/2024 17:00
Lisboa escapa às perdas com impulso do BCP
21/11/2024 16:49
Pensões: PCP, BE e Livre votam a favor proposta do PS e viabilizam aumento adicional em 2025
21/11/2024 16:18
Dona da JOM converteu antiga sede vínica num ?retail park? de 12 milhões
21/11/2024 16:04
Galp quer transformar postes de iluminação pública em carregadores de veículos elétricos
21/11/2024 15:42
Entradas de museus e monumentos aumentam a partir de janeiro. Torre de Belém fica sete euros mais ca
21/11/2024 15:33
Reino Unido aplica sanções a Isabel dos Santos e dois dos seus associados
21/11/2024 14:47