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Mercados à espera de pistas sobre possível retaliação de Israel
14-04-2024 21:01

No arranque da nova semana, os mercados financeiros vão ter os olhos postos na situação geopolítica mundial: o que significa o ataque do Irão a Israel? Vai Telavive retaliar? E os Estados Unidos, como se vão posicionar?

O possível agravar da tensão no Médio Oriente vem juntar-se a um contexto em que a inflação persistente tem gerado dúvidas sobre o "timing" do corte das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana, com o otimismo recente cada vez mais esbatido.

Quando o Hamas atacou Israel, em outubro do ano passado, um dos grandes receios era de que o Irão acabasse envolvido no conflito - o que agora aconteceu - e que o petróleo fosse fortemente afetado. As apostas de que o crude pudesse voltar aos 100 dólares ganham força, e espera-se uma fuga para os títulos do Tesouro e para o ouro, bem como perdas no mercado de ações, prevê a Bloomberg.

No sábado à noite o Irão deu a ofensiva como terminada, mas no domingo fez uma ressalva: caso Israel ou os que apoiam aquele país "mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta".

Os Estados Unidos já deixaram claro que não pretendem envolver-se num conflito armado no Médio Oriente, com Joe Biden a informar o primeiro-ministro israelita que o país não vai participar numa ofensiva contra o Irão. Ainda assim, persistem dúvidas.

"A reação natural dos investidores é olharem para ativos refúgio em momentos como este", explica á agência Patrick Armstrong, da gestora de fortunas  Plurimi Wealth LLP. "As reações vão estar dependentes da resposta de Israel. Se Israel não escalar a situação, pode ser uma oportunidade para comprar ativos de risco e preços mais baixos", indica.

Com o ataque a acontecer durante o fim de semana, não se sabe ao certo como os mercados vão reagir, mas a negociação da bitcoin dá algumas pistas: a criptomoeda desvalorizou quase 9% no sábado, recuperando no domingo para perto dos 64 mil dólares.

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