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AD distancia-se do PS, as propostas para a habitação e a reunião do BCE
07/03/2024 07:01

Bom dia,

A poucos dias das eleições, a Aliança Democrática lidera as intenções de votos dos portugueses, com 29,3%, contra 23,3% do PS. Contas feitas, seis pontos percentuais separam agora os dos maiores candidatos às eleições legislativas de 10 de março, depois de em janeiro o PS levar a dianteira e em fevereiro um e outro registarem um empate técnico. A conclusão é do barómetro de março da Intercampus para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV, cujo trabalho de campo decorreu de 28 de fevereiro a 4 de março, já depois de realizados os debates entre os vários líderes partidários nas televisões e nas rádios.

Mas ainda existem cerca de 20% de indecisos, o que tendo em conta a margem de erro da sondagem, o resultado é ainda muito incerto. Com os dados do barómetro de março procuramos traçar um perfil dos indecisos: são mulheres, os jovens e vivem no Norte e Centro do país que manifestam maiores incertezas sobre em quem votar.

Na edição desta quinta-feira, publicamos o quarto trabalho sobre um dos temas mais abordados nos últimos meses: a habitação e como resolvê-la. Os programas eleitorais dão muitas pistas sobre os caminhos a seguir, mas uma coisa é certa: não há balas de prata para desfazer a crise da habitação.

E quanto do crescimento inesperado do último trimestre do ano passado "salta" para este ano? Pelas contas do Negócios 0,5%. É o chamado "carry-over" ou efeito de arrastamento. No fundo, basta que a economia mantenha o nível de crescimento do final do ano passado, na prática estagnando, para que o PIB faça um terço do caminho apontado para o país em 2024 pelas principais instituições – que, neste momento, não arriscam prever mais do que 1,6% de subida. Poderá ser possível ir um pouco mais longe. Mas só se a conjuntura externa não se agravar e o mercado de trabalho mantiver a ajuda.

Esta quinta-feira, há reunião do BCE. Não são esperadas decisões de monta sobre a política monetária. É quase certo que não será já, mas o primeiro corte de juros pelo Banco Central Europeu poderá acontecer em junho. A expectativa está a ganhar força no mercado, ficando tudo dependente se as negociações salariais vão relançar a inflação. Os mercados estão à espera dos sinais que a presidente Christine Lagarde poderá dar.

Vai ou não a filial portuguesa da Bayer ser afetada – e de que forma – pela reestruturação anunciada esta terça-feira no grupo farmacêutico alemão? As dúvidas não vão ser dissipadas já. Em resposta ao Negócios, a empresa considera que “é demasiado cedo para especular sobre como afetaria a organização local”. “O novo modelo operacional DSO (Dynamic Shared Ownership) será implementado em toda a Bayer”, visando “reduzir hierarquias e estruturas complexas da companhia”, afirma a empresa por escrito. “De acordo com os princípios de DSO, este processo será largamente descentralizado, o que significa que a abrangência atualmente não pode ser quantificada”, acrescenta. E é por isso que diz ser “demasiado cedo para especular” sobre o que vai acontecer na filial portuguesa.

E entramos no mundo do hidrogénio que está a ganhar corpo em Sines. Uma reportagem sobre as novas formas de energia, mais limpa com o projeto que quer ser o maior da Europa em 2025.

Boas leituras e acompanhe a atualidade económica em negocios.pt