A era digital e a revolução no posto de trabalho
23/02/2024 14:00
As transformações do mercado de trabalho, impulsionadas por avanços tecnológicos, como a entrada na era da Inteligência Artificial (IA) generativa, estão a ser agravadas por perturbações económicas e geopolíticas e por crescentes pressões sociais e ambientais. Segundo o Fórum Económico Mundial (FEM), as tendências económicas, sanitárias e geopolíticas criaram resultados divergentes para os mercados de trabalho a nível mundial em 2023. Enquanto os mercados de trabalho ‘apertado’, onde há mais vagas de emprego disponíveis do que pessoas a procurarem trabalho, prevalecem nos países de rendimento elevado, os países de rendimento baixo e médio-baixo continuam a registar um desemprego mais elevado do que antes da pandemia de covid-19.
De acordo com o FEM, a adoção de tecnologia vai continuar a ser um motor essencial da transformação empresarial nos próximos cinco anos. Num estudo apresentado o ano passado, mais de 85% das organizações identificaram o aumento da adoção de tecnologias novas e o alargamento do acesso digital como as tendências com maior probabilidade de impulsionar a transformação na sua organização. No âmbito da adoção de tecnologias, big data, computação em nuvem e a IA ocupam um lugar de destaque na probabilidade de adoção.
Todo este contexto tem levado a uma acentuada transformação do posto de trabalho, que acaba por refletir as mudanças tecnológicas, sociais e económicas ocorridas ao longo da história. No século XXI, a internet das coisas (IoT), a inteligência artificial (IA), a realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV) estão a criar ambientes de trabalho cada vez mais integrados, inteligentes e flexíveis. O trabalho remoto, impulsionado por tecnologias de comunicação avançadas, tornou-se uma realidade para muitos, desafiando o conceito tradicional de escritório e permitindo uma maior flexibilidade e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
A pandemia de covid-19 acelerou essa tendência, forçando empresas e trabalhadores a adotarem o trabalho remoto em larga escala, o que serviu para demonstrar a viabilidade do trabalho à distância em muitos setores, e incentivou uma reavaliação das necessidades e prioridades dos trabalhadores, com um foco crescente no bem-estar e na sustentabilidade.
Pessoas vs tecnologia
Cristina Freixo, diretora de Serviços de Workplace na Claranet Portugal atribui as alterações do posto de trabalho a uma relação causa-efeito com as pessoas e a tecnologia. "O posto de trabalho acompanha e adapta-se às mudanças das normas sociais, aos avanços tecnológicos e à evolução das necessidades e expectativas dos colaboradores".
Refletindo sobre o impacto da pandemia, Cristina Freixo recorda a transição abrupta para o trabalho remoto, uma mudança que desafiou as convenções tradicionais e demonstrou a flexibilidade das organizações. "É quase inacreditável como, de um momento para o outro, e quase em simultâneo, o mundo inteiro começou a trabalhar remotamente", destacando como "a pandemia forçou uma mudança rápida e radical no modo como as empresas operavam".
A visão da Claranet sobre o futuro do trabalho incorpora uma abordagem híbrida, que Cristina Freixo descreve como o novo normal: "O modelo de trabalho híbrido é já o novo normal, com os colaboradores a alternar entre o trabalho remoto e presencial com base nas suas necessidades e preferências". Este modelo reflete uma tendência crescente para ambientes de trabalho que promovem flexibilidade, adaptabilidade e o bem-estar dos funcionários.
No coração desta transformação está a tecnologia, que Cristina Freixo identifica como a força motriz por trás da colaboração, produtividade e comunicação eficazes. "Colaboração, produtividade e comunicação são muitas vezes consideradas a ‘Santíssima Trindade’ da dinâmica do novo posto de trabalho, com a tecnologia a servir como força orientadora". Esta trindade, segundo Cristina Freixo, é fundamental para impulsionar o progresso e o sucesso na era digital.
A diretora de Serviços de Workplace, na Claranet Portugal, também reflete sobre o impacto dos modelos de trabalho remoto e híbrido na cultura organizacional e na comunicação interna, sublinhando que "os modelos de trabalho remoto e híbrido têm sido responsáveis por alterações substanciais na cultura das organizações e na comunicação interna". Este impacto exige uma reavaliação das práticas de trabalho para incorporar maior confiança, autonomia e inclusão.
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