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Governo dos Açores pede urgência na substituição dos cabos interilhas que estão em fim de ciclo de v
26/07/2024 14:19

O presidente do Governo Regional dos Açores voltou a alertar para urgência da substituição dos cabos submarinos que fazem a ligação das comunicações entre as 9 ilhas açorianas que estão em fim de ciclo de vida. O apelo foi feito esta sexta-feira durante o lançamento oficial do projeto Nuvem da Google, que vai ligar a Europa aos EUA, e que contou com a presença da presidente do regulador do setor de telecomunicações (Anacom).

"Aproveitando a presença da Sra. presidente da Anacom, Sandra Maximiano, aproveito para reforçar que é muito importante e urgente o novo cabo submarino interilhas", um passo que defende que deveria ser feito à boleia da construção dos cabos marítimos para ligarem o Continente, os Açores e a Madeira (CAM), como explicou no final do encontro que decorreu em Ponta Delgada, São Miguel. 

A construção do anel CAM ficou entregue à Alcatel – num investimento de 154,4 milhões que terá financiamento de 100 milhões de euros das verbas do leilão de 5G – e prevê-se que esteja concluída no final de 2026. A operação do CAM ficará com a IP.

Já os planos de substituição dos cabos submarinos interilhas não estão a seguir na mesma linha. O Executivo dos Açores defende que deve ter financiamento público, tendo já enviado uma missiva ao Governo da República mas, até ao momento, não obteve resposta.

No final da apresentação, questionada sobre este apelo do presidente do Governo dos Açores, a presidente da Anacom destacou que partilha das mesmas preocupações, realçando ainda a importância dos cabos submarinos, de forma global, para assegurar "comunicações de qualidade", principalmente com os atuais desafios geopolíticos.

No início deste mês, o Governo dos Açores já tinha reunido com a Anacom. No final desse encontro, Sandra Maximiano defendeu a necessidade de revisitar o projeto da ligação interilhas para perceber se é "preciso adaptar alguma coisa, nomeadamente o número de pares de fibra ótica". "Quanto mais cedo melhor. Era um projeto que já devia ter sido pensado na altura em que se pensou o CAM. Não vamos estar a chover sobre o molhado. Agora o que nós queremos é juntar forças e começar a trabalhar nesse projeto", reforçou.