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Parceria entre REN e Atlante torna possível carregar o carro através de linhas de alta tensão
01/02/2024 16:24

A REN - Redes Energéticas Nacionais, operadora das redes portuguesas de transporte de eletricidade e gás natural, anunciou esta quinta-feira a assinatura de um memorando de entendimento com a Atlante, empresa do grupo NHOA dedicada à rede de carregamento rápido e ultrarrápido de veículos elétricos, com vista ao desenvolvimento de cinco projetos em Portugal. 

O objetivo é usar a ligação à rede speed-E, desenvolvida e patenteada pela REN, em algumas estações de carregamento rápido de veículos elétricos da Atlante. Na prática, esta solução permite carregar a bateria do carro diretamente a partir da rede de transporte de energia elétrica. Ou seja, a partir das linhas de alta tensão operadas pela REN, algo inédito até agora.  

Desta forma, a nova parceria entre a REN e a Atlante resultará nas primeiras estações de carregamento rápido de veículos elétricos em todo o mundo alimentadas diretamente por linhas de transmissão de muito alta tensão. 

A rede da Atlante está espalhada por Itália, França, Espanha e Portugal. Com mais de 3.500 pontos de carregamento operacionais e em construção nos quatro países
, a empresa tem como objetivo desenvolver a maior rede de carregamento rápido e ultrarrápido do sul da Europa: quer instalar 5.000 pontos de carregamento rápidos e ultrarrápidos até 2025 e mais de 35.000 até 2030.

"Ao permitir a ligação direta à rede de transporte, esta solução abre caminho à expansão das infraestruturas de carregamento para locais onde esta esteja presente, além de fornecer energia para o carregamento de veículos elétricos", explica a REN em comunicado, sublinhando que em Portugal isto representa uma extensão de aproximadamente 9.000 km.

O speed-E permite o fornecimento simultâneo de eletricidade a vários carregadores rápidos ou ultrarrápidos, enquanto a sua arquitetura modular também permite personalizar e escalar os projetos.

"A Atlante é um parceiro óbvio para o speed-E em Portugal, não só pela sua experiência no setor mas também pelo reconhecimento do potencial estratégico desta ferramenta criada para promover um carregamento mais rápido e seguro de veículos elétricos", disse João Faria Conceição, COO da REN, no mesmo comunicado.

"Estamos entusiasmados em sermos os primeiros a implementar esta tecnologia inovadora que permite converter energia para a mobilidade elétrica de forma eficiente. Queremos ver como o speed-E vai transformar o cenário de carregamento de veículos elétricos nos próximos meses", afirmou por seu lado Giovanni Ravina, CEO da Atlante Iberia e diretor de Inovação da Atlante.
 
A solução desenvolvida pela REN ganhou em 2022 o prémio "Melhor Prática do Ano", na categoria "Inovação Tecnológica e Integração de Sistemas'', atribuído pela Renewables Grid Initiative. Foi ainda a vencedora da categoria "Carregamento & Energia" atribuído na sexta edição do eMove360º, uma das principais feiras de mobilidade 4.0 a nível mundial.

Uma história de empreendedorismo interno na REN


Tal como contou João Conceição ao Negócios em 2022, o speed-E nasceu de uma "calamidade". "Foi quase um momento Eureka. Não acordámos um dia e dissemos: vamos entrar na mobilidade elétrica. Isto tudo surgiu de um processo de inovação operacional dentro da empresa. Precisávamos de resolver um problema prático. Em 2017, nos incêndios, com toda aquela calamidade, muitas das redes de baixa tensão foram abaixo, o que significou que tivemos as nossas subestações sem enviar informação para as salas de despacho. O que levou os nossos engenheiros a pensar: se somos uma empresa de eletricidade não faz sentido ficarmos sem ela nas nossas próprias infraestruturas. Era preciso transformar diretamente a alta tensão para baixa tensão", disse o COO.

Desta necessidade crítica, a REN acabou por testar uma solução que inclui transformadores que se ligam diretamente às linhas de muito alta tensão e fazem essa passagem direta. "Inventámos uma arquitetura composta por vários equipamentos que já existem. E nunca ninguém se lembrou de fazer isto para obter este resultado, até a REN ter de resolver um problema prático das suas operações. Compramos os equipamentos a diferentes fornecedores e testámos. Foi como montar um Lego", referiu Conceição. 

Foi depois disso que surgiu a ideia-chave: "Depois de resolvermos o nosso problema, pensámos: já que estamos em baixa tensão, porque não utilizar a solução para um carregador elétrico, com uma clara vantagem de rapidez?". 

De acordo com o responsável da REN a solução pode ser usada em locais onde já existam linhas da REN por perto: postos de combustível nas auto estradas, parques industriais, parques de estacionamento de frotas empresariais, centros logísticos, instalações militares, docas para navios elétricos e até grande áreas residenciais suburbanas.

"É literalmente um fio que se liga ao poste de alta tensão e vai até aos transformadores, seguindo depois até aos carregadores. Exige uma área pequena (a área de carregamento pode estar a 300 metros das linhas de altas tensão) e é completamente modular, podendo ter o número de carregadores que se pretenda. Mas nós não vendemos a energia elétrica. Nunca faremos a comercialização da eletricidades nos postos. Só vamos mesmo até ao carregador. Depois tem de haver um Operador de Posto de Carregamento e um Comercializador de Energia para a Mobilidade Elétrica", explicou ainda o COO. 

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