CNA recusa subscrever pacto da descida do IVA porque "não passa cheques em branco"
28/03/2023 16:29
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) recusou subscrever o pacto para a estabilização dos preços que prevê descida do IVA para 0% num cabaz de 44 produtos alimentares porque "não passa cheques em branco".
Em comunicado, enviado esta terça-feira, a CNA diz que na origem da sua decisão estão razões que vão desde "a ausência de um compromisso sério por parte do Governo em afrontar o poder da grande distribuição e dar resposta aos problemas que afetam a agricultura, até à quebra unilateral das negociações pelo Governo, que, a meio do processo, arredou da mesa das negociações a CNA e os parceiros sociais da PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar – para fechar um acordo 'em direto' com apenas dois representantes dos setores envolvidos".
"Desde o primeiro momento fomos claros nas nossas reclamações e propostas, nomeadamente no que diz respeito ao funcionamento do mercado, manifestando total disponibilidade para discutir medidas. Lamentamos, por isso, que essa disponibilidade não se tenha verificado por parte do Governo", reforça a CNA que representa predominantemente a pequena e média agricultura e os agricultores familiares que constituem mais de 90% das explorações agrícolas do país.
Neste âmbito, a organização diz também que o Ministério da Agricultura comprometeu-se a enviar-lhe dados concretos da ajudas distribuídas em 2022, que deixaram de fora muitos pequenos médios agricultores, e as propostas de novas medidas para 2023, algo que ainda não aconteceu.
"Até o Governo ter quebrado as negociações, ao limitar a assinatura do acordo a apenas duas entidades, a CNA apresentou propostas concretas para a regulação do mercado, para promover a justiça na distribuição de valor ao longo da cadeia agroalimentar, defender o rendimento dos agricultores e garantir uma alimentação acessível aos consumidores, medidas que temos reafirmado e tornado públicas", argumenta a organização, na mesma nota.
A regulação do mercado e dos preços, seja de produtos alimentares, seja de fatores de produção, a compra conjunta desses fatores de produção, a adoção de uma lei que proíba as vendas com prejuízos ao longo de toda a cadeia produtor-consumidor, a dinamização dos mercados locais ou a adoção de uma estratégia audaz de compras públicas eram algumas das medidas propostas pela CNA.
Contudo, lamenta, "da parte do Governo não houve abertura à negociação de medidas concretas que pudessem pôr em causa a hegemonia da grande distribuição".
A CNA defende ainda que o pacto, assinado pelo primeiro-ministro, Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) "além de não responder às necessidades dos agricultores e de não garantir de forma cabal uma justa distribuição do valor ao longo de toda a fileira e garantir um preço acessível aos consumidores, incorpora ainda elementos de desconsideração pelos organismos oficialmente constituídos", já que vai ser criada uma comissão de acompanhamento dos preços quando a PARCA tem legitimidade para o fazer.
"O compromisso que assumimos perante o país é de continuarmos, como sempre, a lutar pela agricultura Familiar, a exigir que sejam tomadas medidas justas que possam reduzir o esforço financeiro das famílias com a sua alimentação, com preços justos em toda a fileira, de forma permanente e não por apenas seis meses", conclui.
CGD adia decisão sobre dividendo para a próxima assembleia geral
01/06/2023 20:28
Costa garante a Zelensky que Portugal continua "lado a lado com a Ucrânia"
01/06/2023 19:46
Sérgio Monteiro: ?Não tenho opinião que TAP foi capitalizada com dinheiro da TAP?
01/06/2023 18:55
Patrões europeus alertam UE para "a perda de competitividade" e para a "burocracia europeia"
01/06/2023 18:47
Seca severa e extrema em 36% do país leva Governo a criar "task force" para o Algarve
01/06/2023 18:36
EDPR consegue contrato a 20 anos para projetos eólicos e solares em Itália
01/06/2023 17:51
Vendas automóveis em Portugal superam os 100 mil veículos até maio
01/06/2023 17:39
Sérgio Monteiro: ?Pagamos hoje uma fatura pesada do dinheiro colocado na TAP e dado a David Neeleman
01/06/2023 17:07
Rentabilidade da operação em Portugal "é inferior" mas Altice está de "pedra e cal"
01/06/2023 16:56
Energia dá impulso à bolsa nacional. Jerónimo Martins em máximos de sempre
01/06/2023 16:48
CMTV cresce 24,4% e tem mais audiência que os principais concorrentes juntos
01/06/2023 16:28
Quem é a Mutares, a provável compradora da Efacec
01/06/2023 16:25
Euronext suspende a negociação de ETF. Pré-abertura marcada para as 16:00
01/06/2023 16:01
Morreu Christopher de Beck, antigo vice-presidente do BCP
01/06/2023 15:48
Governo adia decisão sobre venda da Efacec
01/06/2023 15:00
Governo ainda não recebeu as perguntas do PSD a António Costa sobre o SIS
01/06/2023 14:29
Marcelo: "Os serviços de informações são do Estado, não são de um Governo"
01/06/2023 14:22
"É urgente que existam alterações profundas nas políticas do nosso país", diz Alexandre Fonseca
01/06/2023 13:13
Alemães da Mutares devem ficar com a Efacec
01/06/2023 13:00
Lagarde avisa que "não há evidências claras" de que inflação crítica tenha atingido o pico
01/06/2023 12:30