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O período experimental, Frankfurt e o stress climático
26/05/2022 07:01

Bom dia,

As empresas já não terão de justificar despedimento em período experimental. O Governo deixou cair as alterações que mexem com o período experimental, com o travão  a despedimentos ilícito e com as horas extraordinárias – tudo linhas vermelhas da CIP. Apesar disso, o Executivo fechou a agenda do trabalho digno sem acordo em concertação social.

E num período de acentuada incerteza, em que os preços dos produtos energéticos têm criado pressão e levado os governos a tirar o pé do acelerador no processo de transição, o Banco Central Europeu optou por não ajustar os critérios dos primeiros testes de stress climáticos feitos à banca. Os resultados saem no final de julho com os mesmos cenários base anteriores ao conflito na Ucrânia.

E recorda-se da história que lhe contámos hoje sobre o Tribunal de Justiça Europeu ter dado razão às gasolineiras e declarado ilegal a Contribuição do Setor Rodovidário. Pois bem, damos-lhe o follow up da notícia. O Estado arrisca ter de devolver um montante que pode chegar aos 2,6 mil milhões mas o Governo apela às gasolineiras para que não reclamem reembolsos.

E em vésperas do início da Hannover Messe entrevistámos o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, que admite ir a Frankfurt com vontade de aliciar empresas alemãs a trazerem os seus negócios para Portugal. 

É com expectativa que o tecido empresarial português vê o regresso de grandes feiras um pouco por todo o mundo já que, com os apertos de mão de volta, poderá ser mais fácil agarrar a oportunidade de alargar a base exportadora e diversificar mercados. Fizemos uma ronda pelo sentimento das várias associações empresariais.

Em Mercados olhámos para os dados do Banco de Portugal e para o seu posicionamento no âmbito dos programas de compra de dívida. Mesmo após o fim dos programas de compra do BCE, o supervisor português pode aumentar as compras nos reinvestimentos uma vez que continua a comprar abaixo da chave de capital. Há margem para continuar a financiar a dívida portuguesa.

Na edição desta quinta-feira poderá também ler uma entrevista a Santiago Solanas, CEO do Grupo Primavera. Após ter adquirido, no último mês, mais duas tecnológicas em Portugal, o líder do grupo bracarense garante que continua às compras.

Também o grupo espanhol Constant está a atacar o "outsourcing" logístico. Só para este ano, as metas traçadas para a Gesgrup passam por duplicar a faturação e contratar 200 colaboradores.

Tenha um excelente dia, boas leituras e siga o seu jornal de sempre.