Banco de Investimento Global

A semana arranca com um dia cheio em termos de dados económicos. Os vários gabinetes de estatísticas vão divulgar dados do PIB da zona euro, Portugal, Itália, México, Polónia, Sérvia e Índia em 2021. A nível nacional, a estimativa tanto do Governo como do Banco de Portugal é que a economia tenha crescido 4,8%.

Além do PIB, o INE vai ainda divulgar estimativas rápidas índice de preços no consumidor em janeiro, que irá mostrar o reforço da inflação no arranque do ano, depois de a taxa ter acelerado 2,8% em dezembro. Há também dados da atividade turística e do emprego e desemprego no país, no último mês de 2021.

A dívida pública baixou em novembro pelo quinto mês consecutivo, para 269,8 mil milhões de euros, e poderá voltar a baixar em dezembro com a desaceleração da emissão de novos títulos no final de 2021. O Banco de Portugal vai atualizar esta terça-feira os dados da dívida pública.

As tecnológicas já arrancaram, na semana passada, com a época de resultados e voltam a estar em foco esta terça-feira. Depois da Tesla ou da Microsoft, é a vez de a Alphabet (dona da Google) e da Meta (antiga Facebook) divulgarem contas relativas aos meses entre outubro e dezembro.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os parceiros liderados pela Rússia conhecidos como OPEP+ vão encontrar-se novamente para rever a estratégia para o mercado petrolífero. O grupo deverá manter o plano de aumentar a produção em março para acompanhar a retoma da procura por combustíveis com o aliviar da pandemia.

A época de resultados começa a aproximar-se da bolsa de Lisboa. Antes da abertura do mercado, a Galp Energia divulga o seu trading update, em que vai dar a conhecer dados da operação no último trimestre de 2021. No mesmo dia, dois dos maiores bancos a operar em Portugal (o BPI e o Santander Totta) vão publicar resultados.

Tanto o Banco Central Europeu (BCE) como o Banco de Inglaterra (BoE) têm as primeiras reuniões de política monetária de 2022 marcadas para esta quinta-feira. Em posições diferentes (o britânico subiu juros logo no ano passado e o europeu não tenciona fazê-lo pelo menos até 2023), os dois pares irão mostrar se estão preocupados com a inflação.

Ao nível das estatísticas económicas, serão divulgados pelo Eurostat dados dos preços da produção industrial e das importações pela zona euro e União Europeia. São também conhecidos dados do comércio a retalho em dezembro.

A fechar a semana há uma série de apresentações de resultados por grandes farmacêuticas internacionais, relativas a 2021, um ano ainda fortemente marcado pela pandemia. É o caso das norte-americanas Regeneron Pharmaceuticals e Bristol-Meyers Squibb, bem como da francesa Sanofi. Em França, serão também conhecidos os resultados da Vinci.

Há 18 avaliações de rating soberano marcadas para esta sexta-feira à noite que poderão mexer com os mercados europeus. A Geórgia, o Cazaquistão, a Noruega e a Ucrânia vão ser avaliadas pela Fitch, Angola, a Bósnia, o Gana, a Letónia, o Luxemburgo, o Ruanda, a Suécia, mas também o EFSF e o ESM pela Standard & Poor's, enquanto a Moody's irá avaliar Rússia, República Checa e Gana. Já agência canadiana DBRS vai emitir pareceres sobre as dívidas do Luxemburgo e Suécia.