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A vacina é uma arma no longo conflito da Europa de Leste
26/01/2021 13:14

A Ucrânia é o maior de uma série de países que compunham a antiga União Soviética que ainda não deram início aos planos de vacinação contra a covid-19. E o motivo é simples: não há vacinas para nenhum dos 42 milhões de cidadãos do país. Isto porque as vacinas que Kiev garantiu ou ainda não foram aprovadas ou ainda não chegaram ao país. 

Mas a situação deste que é o país mais populoso para lá da Cortina de Ferro, para além da Rússia, é o espelho de uma região que continua à espera de vacinas, para definir uma data inicial para o plano de vacinação contra o coronavírus. É também o caso da Arménia, Azerbaijão, Geórgia, Bielorrússia e Moldávia.

A única vacina adquirida de forma independente pela Ucrânia até agora é a CoronaVac, a vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech. O primeiro-ministro Denys Shmyhal disse que Kiev espera receber um primeiro lote de doses desta vacina dentro de um mês, mas há um problema. É que este antídoto ainda não foi aprovado para ser administrado.

Para além da solução da Sinovac, que aguarda "luz verde", a outra alternativa é a vacina russa Sputnik. O líder russo 
Vladimir Putin já pôs em circulação doses da Sputnik, que não tem aprovação da Agência Europeia do Medicamento (EMA), na Crimeia, que tem servido de arma de arremesso de forma mais intensa entre Moscovo e Kiev desde 2014. 

Um outro contrato para comprar doses de vacinas fabricadas na Índia caiu por terra, depois de o ministro da Saúde ucraniano ter optado antes pelo antídoto fabricado na China. 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apelou recentemente à ajuda da União Europeia (UE) neste problema. "Os Estados-membros da União Europeia devem fornecer uma particular atenção aos países da Europa oriental nas questões da compra conjunta e da aceleração da entrega de vacinas", disse o líder de Kiev, ao lado da presidente da Moldávia, Maia Sandu.

Um outro problema que a vacina não resolve
O fracasso na obtenção de vacinas é também consequência de uma crónico problema geopolítico com a Rússia, de Vladimir Putin. O presidente Volodymyr Zelenskiy ganhou as eleições em 2019 e desde cedo apostou numa mensagem contra o monopólio de poder concentrado pela Rússia. Nesta segunda-feira, Zelenskiy disse que a Ucrânia receberá vacinas no próximo mês, mas não especificou de onde. 

Recentemente, a Sérvia requisitou milhares de doses desta vacina, assim como a Húngria, sendo o primeiro país da União Europeia (UE) a dar "luz verde" ao uso da Sputnik no seu território, contra a vontade de Bruxelas.


Uma empresa farmacêutica ucraniana apoiada por Viktor Medvedchuk, um opositor feroz do presidente ucraniano Zelenskiy e amigo pessoal de Putin,  pediu permissão para produzir a vacina da Rússia em Kiev, algo que o governo dificilmente permitirá, segundo as declarações de Medvedchuk, à Bloomberg.


O líder da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, rejeitou qualquer entrega da vacina Sputnik, uma vez que considera ser uma ferramenta de "propaganda". "Enquanto membro do Governo, vou opor-me" à compra da vacina russa, declarou Kuleba aos órgãos de comunicação locais, atirando que "a Rússia não se preocupa com a saúde dos ucranianos, preocupa-se em impor a sua propaganda e a sua ideologia".


As autoridades na Ucrânia "não têm uma imagem clara de quais vacinas estarão disponíveis e quando", disse Evgeny Komarovsky, um médico proeminente e ex-conselheiro de Zelenskiy, à agência de notícias, acrescentando que "tem havido tão pouca atenção à promoção da vacinação e o programa tem tão pouco financiamento que estou muito pessimista sobre as perspetivas de vacinação aqui".

A Ucrânia irá receber mais oito milhões de doses de vacinas em abril, graças ao mecanismo da ONU, o Covax, destinado a ajudar os países pobres. Através desse apoio, também a Moldávia espera receber as primeiras doses até ao fim deste mês.

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