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"Jackpot" nos dividendos da banca, Web Summit e as exportações para a Alemanha
12/11/2024 07:01

Bom dia,

A banca prepara-se para "jackpot" de dividendos. Os acionistas da Caixa Geral de Depósitos (CGD), ou seja, o Estado, do BCP, BPI e Santander Portugal preparam-se para assistir a uma espécie de "tempestade perfeita" ao contrário: os dividendos a entregar em 2025 - relativos ao exercício de 2024 - poderão, pelos cálculos do Negócios, atingir os 2,9 mil milhões de euros. O valor é superior aos 2,4 mil milhões pagos este ano (calculados sobre os números do ano anterior) e não inclui a potencial remuneração do Novo Banco, caso a instituição e o Fundo de Resolução (FdR) consigam ver fechado antecipadamente o Acordo de Capital Contingente (CCA, na sigla inglesa), que impede a instituição de remunerar os seus acionistas.

E por falar em bancos, também nos mercados financeiros olhamos para o setor, mas desta feita para a gestão de riqueza. É a partir dos 500 mil euros que se pode ser acompanhado no segmento de banca privada do Bankinter Portugal – mas o diretor Pedro Lobo ressalva que são tipicamente clientes com “envolvimento” com várias instituições financeiras e a média está acima de um milhão de euros. Em entrevista ao Negócios, o responsável indica que o banco espanhol está próximo de atingir a marca dos seis mil milhões de euros (o que espera que aconteça até ao final do ano). O negócio já vale 20% do Bankinter Portugal.

No dia em que arranca a Web Summit, o Negócios questiona: ainda é relevante? O músico norte-americano Pharrell Williams fez as honras da casa, ao arrancar na noite desta segunda-feira como cabeça de cartaz, perante uma Altice Arena lotada. Com dezenas de milhões de seguidores nas redes sociais, várias nomeações para Grammys, Oscars e Emmys, a popularidade do artista, responsável por êxitos como "Happy", é incontestável. Ainda assim, o impacto e o interesse da sua passagem pelo evento deverá ficar longe dos de outros nomes presentes em edições passadas, como Stephen Hawking ou Edward Snowden.

A Alemanha está a caminho de superar França no top 3 das exportações. Até setembro, Portugal exportou um total acumulado de 7,4 mil milhões de euros em bens para a Alemanha. O montante é já superior ao total exportado para França nos primeiros nove meses do ano, o que significa que, a manter-se esta tendência, a Alemanha deverá superar a França como principal destino das exportações portuguesas de bens, ficando apenas atrás de Espanha.

Terça-feira é ainda dia de Radar África, onde olhamos para Moçambique: Suécia e lóbi religioso dão apoio a Venâncio Mondlane. O candidato às presidenciais moçambicanas apoiado pelo partido Podemos, está a dirigir as operações de contestação ao Governo do país a partir da Suécia. Mondlane, que contesta os resultados das eleições de 9 de outubro, tem a cabeça a prémio e este país escandinavo tem sido o refúgio a partir do qual comunica com os moçambicanos e incentiva, sobretudo através da rede social Facebook, a contestação ao regime que tem sido praticamente diária.

Boas leituras (em papel, no site ou por via do Whatsapp do Negócios). De segunda a sexta-feira, pode ainda acompanhar o programa televisivo do Negócios no NOW, disponível na posição 9.