O choque elétrico entre China, União Europeia e EUA
09/11/2024 15:00
Primeiro, foram os Estados Unidos. Em maio de 2024, o ainda presidente Joe Biden anunciou a intenção de impor tarifas à China em vários setores estratégicos. As medidas entraram em vigor no fim de setembro e incluem a taxa sobre veículos elétricos importados que quadriplicou para 100%.
O Canadá seguiu estes passos e também decidiu impor uma tarifa alfandegária de 100% sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China.
Entretanto, a União Europeia (UE) passou vários meses a debater o assunto até que, no final de outubro, avançou. 10 países votaram a favor, 5 contra (incluindo a Alemanha) e 10 optaram pela abstenção (incluindo Portugal).
Após uma investigação às subvenções estatais chinesas, Bruxelas decidiu aplicar tarifas de até 35% por cinco anos a fabricantes de automóveis elétricos que operam na Europa. O valor será de 35,3% para a Saic, 18,8% para a Geely, 17% para a BYD e 7,8% para a Tesla, que tem a sua maior fábrica justamente em Xangai.
A estas novas tarifas acresce a já existente taxa de 10% aplicada à importação de veículos elétricos de qualquer origem.
Pequim não perdeu tempo e poucas horas depois da decisão europeia manifestou o desagrado. "A China opõe-se firmemente às práticas protecionistas injustas, não conformes e vergonhosas da UE neste caso e opõe-se fortemente à imposição pela UE de direitos anti-subsídios sobre os veículos elétricos chineses", escreveu em comunicado o Ministério do Comércio da China.
No entanto, Bruxelas argumenta que o objetivo é restabelecer condições justas de concorrência, no mercado europeu, com os fabricantes da China que recebem vários subsídios públicos e estatais.
As grandes fabricantes de automóveis chineses, como é o caso da BYD, estão a preparar-se para instalar fábricas na Europa. O objetivo é, entre outros, tentar contornar as tarifas europeias, tal como fez o Japão nas décadas de 1980 e 1990. Pode, no entanto, não surtir efeito, já que o problema está nos subsídios atribuídos a estas empresas.
A China rejeita as acusações da investigação europeia sobre as subvenções e subsídios. O gigante asiático avançou já com uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio.
Ao mesmo tempo, a retaliação chinesa levou-a a dar início a investigações "anti-dumping" sobre produtos importados da União Europeia como queijos, carne de porco, algumas bebidas e produtos lácteos.
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