Wall Street sem direção à espera das "Big Tech". Ford afunda mais de 8%
29/10/2024 20:49
Wall Street encerrou a sessão desta terça-feira sem uma direção definida, com os "traders" à espera dos resultados da Alphabet – apresentados após o fim da negociação – para decidir o que fazer com as suas carteiras de investimento.
O S&P 500 avançou 0,16% para os 5.832,92 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,78% para 18.712,75 pontos. Em contraciclo, o Dow Jones caiu 0,36% para 42.233,05 pontos.
Em antecipação dos seus resultados trimestrais, a Alphabet viu as suas ações valorizarem 1,66% para 171,14 dólares – liderando as movimentações do grupo seleto de cotadas que fazem parte das "Sete Magníficas". Já depois do encerramento da sessão, a dona da Google apresentou lucros no terceiro trimestre de 88,27 mil milhões de dólares – superior às expectativas de mercado de 86,45 mil milhões. As ações da Alphabet seguem a valorizar mais de 4% no "premarket".
Esta é uma semana crucial para a última época de resultados do ano, com todos os olhos postos nas "Big Tech". Esta quarta-feira, é a vez da Microsoft e da Meta apresentarem contas, seguidas na quinta-feira pela Apple e pela Amazon. A Nvidia é a última das "Sete Magníficas" a apresentar resultados a 20 de novembro.
Os resultados destas empresas vão ser cruciais para saber se os principais índices norte-americanos conseguem sustentar o otimismo que os levou a bater máximos históricos este ano – e se a euforia em torno da inteligência artificial tem ainda pernas para andar.
Os investidores estiveram ainda a reagir a uma série de resultados trimestrais na sessão desta terça-feira. A Ford viu as suas ações afundarem 8,44% para 10,41 dólares, depois de ter registado uma queda nos lucros e ter revisto em baixo o "guidance" para o resto do ano.
Por sua vez, a dona da Vans, a VF Corp, conseguiu voltar aos lucros depois de dois trimestres com as contas no vermelho. As ações da empresa dispararam 27,01% para 21,63 dólares e negoceiam agora no valor mais elevado em mais de um ano.
Alguns setores estiveram a ser pressionados por um agravar dos juros da dívida do país, que tocaram nos 4,3% pela primeira vez desde inícios de julho e arrastaram o setor energético para o vermelho. "À medida que as ‘yields’ crescem e os preços das obrigações caem, outros ativos que têm, historicamente, características semelhantes às das obrigações, como as empresas de serviços públicos, podem ficar sob uma pressão ligeiramente maior", afirmou Bill Merz, da Capital Markets Research, à Reuters.
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