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Excedente em perigo, capital de risco e a crise no Médio Oriente
03/10/2024 07:01

Bom dia,

Se o Governo avançar com o IRS Jovem ou corte do IRC nos moldes iniciais, o excedente de 2025 pode passar a défice. O Fundo Monetário Internacional (FMI) deixa avisos na véspera de nova reunião entre Governo e PS sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2025. Mas o Executivo diz que não pretende alterar propostas.

Por falar no OE, temos vindo a publicar um ciclo de Conversas na Redação em antecipação da entrega da proposta do Governo ao Parlamento. Desta vez, é Stephan Morais, presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco, que defende que é preciso simplificar regras e procedimentos. "Precisamos de mais capital privado", diz.

Ainda antes do OE, o Governo aprovou em Conselho de Ministros um diploma que prevê que a atualização de pensões no ano seguinte ao da atribuição das pensões. A ministrada Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, anunciou que a medida terá um impacto de 42 milhões de euros. Assim, as pensões atribuídas este ano já terão atualização em janeiro.

Outra decisão do Conselho de Ministros foi um travão às comissões bancárias. Os bancos não vão poder cobrar comissões mais altas nas transferências imediatas feitas através do MBWay - ou de qualquer outra aplicação de telemóvel. A decisão do Governo constitui uma resposta às preocupações levantadas pela Deco neste Verão e à recomendação do Banco de Portugal.

Nos mercados financeiros, continuamos a acompanhar o impacto da guerra no Médio Oriente. O mercado petrolífero tem estado, nos últimos dias, num autêntico vaivém. O intensificar de tensões tem sustentado os preços do “ouro negro” e, apesar de haver forças contrárias, a corrente principal é ascendente. Na terça-feira, as cotações chegaram a disparar mais de 5% e ontem escalaram mais de 3%, com o Brent do mar do Norte, crude de referência para as importações europeias, a aproximar-se dos 76 dólares por barril – um nível que agrada grandemente aos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+). E esse agrado vai ditar a entrada de mais matéria-prima no mercado a partir de dezembro.

Na edição desta quinta-feira pode ainda ler que as PPP da alta velocidade vão custar 5,3 mil milhões à IP. A UTAO diz que o impacto das três PPP da alta velocidade Lisboa-Porto – entre Campanhã e Carregado – "parece acomodável financeiramente" para a IP, já que mesmo que somado às parcerias rodoviárias o encargo líquido será todos os anos (de 2025 a 2040) inferior ao suportado hoje.

Boas leituras (em papel, no site ou por via do Whatsapp do Negócios). De segunda a sexta-feira, pode ainda acompanhar o programa televisivo do Negócios no Now, disponível na posição 9.