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BlackRock, Microsoft e Nvidia aliam-se num fundo de 30 mil milhões para investir em IA
18/09/2024 14:53

A BlackRock, em parceria com a Microsoft, prepara-se para lançar um fundo de mais de 30 mil milhões de dólares para investir em inteligência artificial (IA), incluindo a construção de centros de dados e projetos energéticos, avança o Financial Times.

A concretizar-se, esta nova parceria financeira, que está a ser lançada com a nova unidade de investimento em infraestruturas da BlackRock, a Global Infrastructure Partners, seria um dos maiores veículos de investimento lançados na história de Wall Street.

O fundo, com o nome de Global AI Investment Partnership, pretende angariar até 30 mil milhões de dólares em capital para a realização de investimentos e mais 70 mil milhões em dívida. Este é o primeiro fundo da empresa desde que o grupo foi adquirido pela maior gestora de ativos do mundo por 12,5 mil milhões de dólares ainda este ano. É previsto que o acordo fique completo em outubro.

A Microsoft e a MGX - uma empresa de investimento em IA, financiada pelo fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, criada em março de 2024 - são as duas parceiras do fundo, enquanto que a Nvidia vai ser conselheira no que toca no design de fábricas e integração.

O veículo de investimento vai ser direcionado para colmatar as necessidades de infraestrutura digital necessária à construção de produtos de inteligência artificial. O poder de computação da IA exige muito mais energia do que anteriores inovações tecnológicas e tem aumentado a exigência energética das atuais infraestruturas.

O fundo que será lançado em breve é o mais recente veículo criado por uma grande gestora de ativos para ir ao encontro da crescente procura por energia para alimentar a IA generativa e a computação na "cloud".

Ainda no início do ano, a Microsoft acordou apoiar em 10 mil milhões de dólares projetos de eletricidade renovável construídos pela canadiana Brookfield Asset Management. A tecnológica comprometeu-se a garantir que 100% do seu consumo de energia seja compensado por compras de energia com zero emissões de carbono até 2030.