Governo sueco recusa resgate financeiro à gigante de baterias Northvolt
17/09/2024 12:50
O Governo da Suécia descartou esta semana a possibilidade de realizar um resgate financeiro para ajudar a equilibrar as contas da gigante de baterias elétricas Northvolt, num momento em que a empresa se vê a braços com sérias dificuldades económicas e luta pela sua sobrevivência, avança o Financial Times.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, confirmou que o país do norte da Europa quer posicionar-se como líder na transição energética e climática, com empresas como a Northvolt e a H2 Green Steel a forneceram grandes grupos como a Volvo Cars e a Atlas Copco.
No entanto, deixou bem claro: "Não há qualquer possibilidade de o Estado sueco entrar na Northvolt e tornar-se acionista. Neste momento, a bola está no campo dos acionistas", disse o governante, acrescentando: "Não nos envolvemos nos planos de negócios das empresas, mas queremos ser um bom lugar para este tipo de indústria".
Esta decisão do Executivo sueco poderá vir a ter consequências no projeto de construção de uma refinaria de lítio em Portugal (mais precisamente em Setúbal), que a Northvolt está a desenvolver com a Galp no âmbito da joint venture Aurora Lithium (detida em 70% pela Galp e 30% pela Northvolt).
Com a decisão final de investimento (até 1.300 milhões de euros) prevista para ser tomada ainda em 2024, o projeto acaba de entrar em fase de licenciamento ambiental, tendo o período de consulta pública começado na passada sexta-feira. O estudo de impacto ambiental, concluído em junho, estará em consulta pública até 24 de outubro, avançou o Expresso.
Em declarações ao Negócios, fonte oficial da Galp confirmou o atraso do projeto de Setúbal de 2026 para 2028, mas garantiu que a empresa continua comprometida com o projeto (que poderá criar 1.500 empregos diretos e indiretos). No entanto, alertou que o acesso a fundos nacionais e europeus não está garantido e tem contribuído para os atrasos.
"Devido à natureza e complexidade do projeto, continuam a ser desenvolvidas ações (incluindo acesso a fundos nacionais ou europeus que nos permitam competir com outros projetos e que ainda não estão garantidos) e os estudos indispensáveis para a tomada de decisão final de investimento, o que determinou o atraso na execução do projeto", referiu.
Antes de tomar a decisão final de investimento, o consórcio tem de garantir o acesso a fundos nacionais ou europeus "que ainda não estão garantidos", bem como realizar os estudos necessários.
No site do Banco Europeu de Investimento, o projeto da refinaria de Setúbal surge incluído na lista de "projetos a financiar", isto depois da Galp e Northvolt terem submetido uma proposta ao banco, pedindo 850 milhões de euros. Este pedido está "para aprovação" desde fevereiro de 2024, refere o BEI.
Além disso, a mesma fonte da Galp afirmou também que a incerteza sobre quando o fornecimento de lítio a partir de minas localizadas em Portugal poderá estar disponível também prejudicou os prazos de desenvolvimento do projeto.
"É também determinante termos confiança sobre a data de início de produção de concentrado de espodumena das minas em Portugal", disse.
Para já, a Northvolt tem lutado para conseguir aumentar a sua produção de baterias na Suécia. Os principais rivais da fabricante europeia são as chinesas CATL e BYD da China, a japonesa Panasonic e a americana Tesla. Em 2021 a sueca tornou-se na primeira empresa na Europa a construir uma gigafábrica em Skellefteå, muito próximo do Círculo Polar Ártico.
Em situação de défice nas suas contas, o grupo está agora a tentar obter mais capital, depois de ter angariado 15 mil milhões de dólares desde o seu lançamento em 2017. Entetanto mas já anunciou cortes nos postos de trabalho, o encerramento de parte da fábrica de Skellefteå e o adiamento de três outras fábricas que estão planeadas para a Suécia, Alemanha e Canadá.
Mas depois de angariar mais de - o máximo de qualquer start-up privada na Europa - a Northvolt está a lutar para obter apoio para a sua mais recente angariação de fundos, entre preocupações sobre as perspetivas para os veículos elétricos e preocupações crescentes sobre a própria empresa. posição financeira.
Várias fabricantes de automóveis, como a Volkswagen e a Volvo Cars, alertaram já para o ritmo lento das vendas de carros elétricos. A BMW cancelou mesmo um contrato de dois mil milhões de dólares com a Northvolt no início deste ano, por causa dos atraso nas entregas de baterias.
A empresa anunciou esta semana uma "revisão estratégica" das suas operações, que inclui a venda de uma filial polaca dedicada à construção de sistemas de armazenamento de baterias e o despedimento de alguns dos seus 7.000 trabalhadores.
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