Banco de Investimento Global

ÚLTIMAS NO NEGÓCIOS.PT

Novos projetos no PRR, África no crescimento mundial e o novo "irritante"
16/07/2024 07:01

Bom dia,

A Comissão Europeia admite incluir novos projetos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para compensar atrasos que levem ao faseamento de projetos já aprovados, mas que não estarão prontos na totalidade até 2026. Ao plano inicial, podem, assim, vir a ser adicionados projetos que estão atualmente fora do PRR, desde que esses cumpram com as metas estabelecidas para a transição climática e digital. Era o esclarecimento que faltava depois de a Comissão Europeia ter sugerido a divisão de projetos em diferentes fases para "otimizar" a execução do PRR, em resposta aos receios do atual Governo quanto ao cumprimento do plano até à data-limite de 2026.

Por seu lado, Durão Barroso, presidente da assembleia geral do Conselho da Diáspora Portuguesa, diz que África devia ocupar "um lugar ainda mais importante" nas prioridades da União Europeia e espera que Portugal reforce o papel de ponte entre os dois continentes. As parcerias devem ser o alicerce das relações, afirmou o antigo presidente da Comissão Europeia em entrevista, no âmbito do EurAfrican Fórum.

Já a situação dos bens de Isabel dos Santos arrestados em Portugal e a circunstância de Angola continuar sem receber o património ou o dinheiro destinados a compensar o que considera serem os prejuízos causados ao Estado pela empresária está a assumir-se como um novo "irritante" judicial nas relações bilaterais, aponta o Radar África.

Nesta edição debruçamo-nos também sobre o duelo entre dois consórcios luso-espanhóis, de onde deverá sair o vencedor da dessalinizadora do Algarve. Primeiro, foi a Aquapor, responsável por 11 concessões de serviços de água e saneamento em Portugal, detida pelos franceses da Saur, que tornou pública uma "joint venture" com o grupo espanhol GS Inima para a participação no concurso de construção da Estação de Dessalinização de Água do Mar do Algarve. Agora, apurou o Negócios, apresenta-se a concurso um outro consórcio luso-espanhol, constituído pelas empresas portuguesas Transwater e Cimontubo e pela espanhola Tedagua, que pertence ao grupo Cobra, detido, por sua vez, pelos franceses da Vinci.

No universo da bolsa, vemos como os investidores de retalho estão a ganhar peso por cá.  Com efeito, a presença dos pequenos investidores está a ganhar força na bolsa de Lisboa, nas salas das assembleias gerais (AG) de acionistas das cotadas e até nos tribunais, em confrontos com as empresas e o supervisor. Este florescimento tem sido acompanhado por um crescimento da massa associativa.

Ainda nos mercados, a tentativa de assassinato de Donald Trump levou a uma maior aposta na vitória do potencial candidato republicano às presidenciais de novembro deste ano. E isso impulsionou muitos ativos, com Wall Street, o ouro, os juros e a bitcoin entre os que mais beneficiaram com a perspetiva desse cenário – que deverá implicar descidas impostos, taxas alfandegárias mais altas para produtos oriundos da China e uma menor regulação.

Boas leituras (em papel, no site ou no Whatsapp do Negócios) e não se esqueça de acompanhar o programa do Negócios no Now, às 11:15, de segunda a sexta-feira.