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Acelerar a criação de riqueza e a produtividade
15/07/2024 14:30

"Esta ligação entre os empreendedores, as empresas, o sistema financeiro e a administração que tem os instrumentos de financiamento, como o Portugal 2030 ou o PRR, é obrigatória para podermos ter bons resultados, mas, sobretudo, para que o bom desempenho económico não se esgote num ciclo pequeno. Para que, quando chegarmos ao fim de uma década ou duas décadas, em vez de crescermos, em média, 0,5%, concluamos que crescemos, em média, 3% ou mais", afirmou Luís Montenegro, primeiro-ministro, no encerramento da Millennium Talks em Lisboa que teve como tema principal a Competitividade.

Luís Montenegro respondeu à crítica de que o atual Governo apresenta muitos planos, muitas ideias, mas que nem todas se materializam em leis, dizendo que "não faltam leis a Portugal, o que falta, às vezes até, é menos legislação, o que falta às vezes é mais capacidade de decidir pequenas coisas, de tomar pequenas medidas". Mas assumiu o compromisso de "cumprir, literal e rigorosamente, estes planos". Revelou ainda que no Conselho de Ministros que aprovou o programa de apoio às empresas foram ainda aprovados cinco instrumentos legislativos.

Na sua opinião, as empresas são o principal instrumento de criação de riqueza para os acionistas, os trabalhadores, as cadeias de valor, o Estado, porque, "quando não se cria riqueza, está-se a prolongar e muitas vezes até a fomentar a pobreza". Foi a aceleração da criação de riqueza que justificou a apresentação do programa Acelerar a Economia.

Competitividade, a boa e a má

Na sua intervenção na abertura, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, distinguiu entre uma competitividade negativa na qual a Europa, depois da crise financeira e da crise das dívidas soberanas, se "focalizou" numa competitividade baseada na redução de preços. Mas existe "a competitividade positiva, a produtividade, que é a que faz a diferença", salientou.

Explicou que numa cidade como Lisboa a produtividade tem três eixos: a inovação, a sustentabilidade e o Estado social. "A inovação é algo de novo e de útil e exige processo, a inovação não é apenas ter ideia, é trabalhar essa ideia", definiu Carlos Moedas e isto tem marcado a gestão política da câmara e é a chave do seu pensamento. Referiu a sua aposta nas scaleups, porque "temos de fazer as nossas empresas crescer e não nos ficarmos nas ideias, porque, apesar de as ideias serem boas, o problema é fazer crescer as novas ideias, ter empresas que crescem e isso tem que ver com a escala".

A Fábrica de Unicórnios, cujo objetivo é construir escala, instalou doze unicórnios, que trouxeram mais de 60 empresas tecnológicas. Deu o exemplo da fintech dinamarquesa Pleo, que começou com 50 pessoas e hoje tem 300, mas o número de postos de trabalho que anunciaram foi de mais 14 mil. A McKinsey lançou um polo de mais de 700 pessoas em Lisboa, a Deloitte, com o campus do Rato, terá no futuro mais de 2.500 pessoas.

Carlos Moedas referiu-se às dificuldades de os manterem em Lisboa, "porque quando as políticas nacionais não correspondem a essa atração das políticas públicas locais temos de estar sempre a lutar para os manter em Lisboa". No mundo atual, a produtividade não pode prescindir para a sua própria positividade se não for sustentável, alertou Carlos Moedas, que lembrou que Lisboa é uma das cem cidades da Europa "que quer ser e vai ser neutral em carbono até 2030, mas, para a maioria das pessoas, isto não significa nada, porque não sabem o que é".

Parece desligado da produtividade e da competitividade, mas o Estado social é essencial para a produtividade, porque "quando vemos cidades com níveis de excelência na inovação e ao lado níveis de pobreza, sem dignidade, não existe produtividade, e é essa luta que hoje temos em Lisboa porque há muitas pessoas a passarem provações. Lançámos o maior pacote de ajuda às pessoas sem-abrigo que é de 70 milhões de euros nos próximos sete anos", concluiu Carlos Moedas.

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