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As 60 medidas do pacote para a economia, a rentabilidade do PSI e a instabilidade francesa
05/07/2024 07:01

Bom dia,

O Governo apresentou um conjunto de 60 medidas para apoiar a economia. No entanto, não vai conseguir aprovar, sozinho, algumas das principais alterações que propõe. É o caso da descida de IRC, que terá de ter luz verde da Assembleia da República, mas também das alterações ao regime do IVA de caixa que carecem de autorização da Comissão Europeia.

Já a ACAP, que representa o setor automóvel em Portugal, entende que a decisão de Bruxelas de taxar os carros elétricos chineses "poderá ter reflexo no mercado automóvel" a nível europeu e no país. As negociações entre os dois blocos fica agora "mais dificultada".

Por outro lado, os líderes empresariais em Portugal admitem que a situação política em França possa ter consequências. Apesar de o mercado interno europeu defender os Estados-membros de medidas protecionistas, alertam que se a situação continuar volátil pode haver contágio.

Virando o radar para os mercados, a rentabilidade do PSI dobrou a média dos últimos 10 anos. Com efeito, as maiores cotadas da bolsa de Lisboa viram tanto as receitas como as margens de lucro aumentar no ano passado, levando a rentabilidade dos capitais próprios a ficar muito acima da média dos últimos dez anos.

Na edição desta quarta-feira olhamos ainda, no suplemento Weekend, para um desafio do Exército. O Exército desafiou pelo segundo ano consecutivo as empresas de base tecnológica e centros de investigação a testarem os seus produtos, sistemas e soluções tecnológicas num cenário simulado de guerra. Foi no Campo Militar de Santa Margarida que decorreu o exercício Army Technological Experimentation 24 (ARTEX24). Os que passarem nos testes, e demonstrarem ter soluções relevantes para uso militar, recebem um selo - "army tested" -, válido por cinco anos, que lhes abre as portas do mercado da defesa internacional.

Ainda no Weekend, pode ler a entrevista à condessa Teresa Schönborn-Wiesentheid, que assumiu em 1998 as rédeas da Casa Cadaval – que é gerida por mulheres há cinco gerações consecutivas. Filha de Graziela Álvares Pereira de Melo e do conde alemão Karl von Schönborn-Wiesentheid, Teresa nasceu na Alemanha, passava as férias entre Sintra e a Herdade de Muge – onde está a decorrer o Festival Entre Quintas, a fazer lembrar os saraus musicais da avó Olga Cadaval, a marquesa que conseguiu a aprovação de Salazar para trazer ao país alguns músicos da então União Soviética.

Boas leituras (em papel, no site ou no Whatsapp do Negócios) e não se esqueça de acompanhar o programa do Negócios no Now, às 11:30, de segunda a sexta-feira.