ÚLTIMAS NO NEGÓCIOS.PT

Começa um novo ciclo de regras europeias. O que está em causa?
22-06-2024 10:00

O objetivo é permitir planos individuais de consolidação discutidos entre governos e Comissão Europeia, em casos de défice ou dívida excessivos, com margens de flexibilidade para alguns investimentos.

O indicador principal a vigiar será a despesa primária líquida: deixa fora gastos com juros, medidas extraordinárias ou não recorrentes – como, por exemplo, uma indemnização judicial a pagar pelo Estado – assim como a despesa que flutua com os ciclos económicos: essencialmente, gastos com subsídios de desemprego.

Também ficam de fora os fundos nacionais que sejam necessários para acompanhar fundos europeus em projetos de investimento.

No caso de Portugal, o problema do país é ainda a elevada dívida pública. Continua a pesar mais de 90% do PIB e, por isso, o mínimo dos mínimos que Portugal tem a fazer, segundo as regras, é cortá-la ao ritmo de 1% do PIB ao ano. É uma das salvaguardas numéricas mínimas, mas será preciso fazer mais.

A base para todas as exigências está, antes de mais, na análise que é feita à sustentabilidade da dívida, com base numa metodologia comum acordada pelos 27 Estados-membros.

A análise à sustentabilidade da dívida é, atualmente, calculada regularmente com base em vários indicadores: saldo primário estrutural, aquele que melhor espelha efeitos da despesa permanente. Potencial de crescimento do PIB, evolução de juros e inflação. É com estes indicadores que Bruxelas prevê quanto a dívida poderá descer numa década.

Entram também projeções com custos do envelhecimento – pensões, lares, cuidados domiciliários saúde – calculadas a cada três anos pela Comissão Europeia.

Estas projeções são usadas depois para prever quanto o país tem de melhorar o seu saldo para garantir que a dívida fica abaixo de 60% no médio-prazo.

E é a partir daí, também com base no crescimento do PIB previsto, que Bruxelas consegue definir quanto a despesa poderá aumentar em percentagem do PIB e em termos nominais para propôr então tetos de despesa para os anos que se seguem.

Foi essa informação que foi enviada a Portugal nesta sexta-feira. O Governo não tem de aceitar a proposta tal como está. Pode propôr, se quiser, tetos de despesa mais altos. Mas, nesse caso, vai ter de justificá-los com argumentos económicos sólidos e baseados em dados. Pode também chamar o Conselho das Finanças Públicas a dar, ou não, o seu aval a essa justificação.

A data para o fazer será 20 de setembro, neste ano. No início do outono, os países entregam os seus planos orçamentais estruturais de médio-prazo, em substituição dos antigos planos de estabilidade.

Neles, propõem seguir um ajustamento na despesa a quatro ou sete anos.  A sete anos, será mais suave, mas exige propor reformas e investimentos que mostrem promover mais crescimento e sustentabilidade orçamental, além de terem de se adequar às prioridades europeias.

Para Portugal, o "think tank Bruegel" calcula que o ajustamento exigido no saldo seja mínimo: menos de uma décima por ano.

Contudo, Portugal não poderá agravar o saldo com medidas do lado da receita ou da despesa que não sejam compensadas. O espaço de ação para novas medidas no Orçamento para 2025 e seguintes será assim muito limitado.

Xi pede ao Partido Comunista Chinês "fé inabalável" na sua estratégia económica
17-07-2024 15:04

Tripulantes admitem convocar greve na Easyjet
17-07-2024 14:43

PS avisa: "É praticamente impossível" aprovar OE 2025 sem cedências
17-07-2024 14:39

Grupo Pestana prepara novo investimento em Porto Covo
17-07-2024 13:03

Von der Leyen perde no Tribunal Geral da UE caso sobre transparência nos contratos Covid
17-07-2024 13:03

Angola "muito contente" com participação no BCP. Vender não é opção
17-07-2024 11:44

Alta velocidade Lisboa-Porto assegura fundos europeus
17-07-2024 11:35

Montenegro afasta para já fim da derrama estadual e espera que descida de IRC aumente a receita
17-07-2024 11:13

Eurostat confirma desacelaração da inflação na Zona Euro para 2,5%
17-07-2024 11:05

Portugal coloca mil milhões de euros em dívida de curto prazo. Cupão fica nos 3,552%
17-07-2024 10:41

"O primeiro-ministro não exige lealdade ao Parlamento, presta contas ao Parlamento", responde PS
17-07-2024 10:21

Governo aprova segunda PPP para a alta velocidade
17-07-2024 10:16

Sustentabilidade contribui para 12,7% do valor financeiro das marcas em Portugal
17-07-2024 09:55

Montenegro ao ataque: "Oposições têm dever de lealdade de nos deixarem governar"
17-07-2024 09:53

Lisboa acorda a valorizar. Mota-Engil sobe mais de 3%
17-07-2024 08:20

5 coisas que precisa de saber para começar o dia
17-07-2024 07:30

Vida mais fácil para os fornecedores do Estado, o Estado da Nação e o estado do crude
17-07-2024 07:01

Centenário grupo Auto-Industrial traz mais uma marca chinesa para Portugal
16-07-2024 22:44

TAP: Frederico Pinheiro constituído arguido e alvo de buscas
16-07-2024 21:57

Dow Jones e S&P 500 atingem novos máximos com apostas de cortes pela Fed
16-07-2024 21:38

Ajuda

Pesquisa de títulos

Fale Connosco