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Forte crescimento do emprego nos EUA penaliza Wall Street. GameStop afunda
07-06-2024 21:48

As três principais bolsas norte-americanas terminaram a primeira semana de junho no vermelho, num dia que ficou marcado pelo sentimento pessimista dos investidores em relação ao "timing" e ao número de cortes das taxas de juro pela Reserva Federal no decorrer do ano.

Em maio, a maior economia do mundo gerou mais 272 mil postos de trabalho, segundo o departamento do trabalho dos EUA, valor bem acima dos 185 mil que os analistas da Reuters esperavam. Ora, a robustez da economia dá sinais de aguentar por mais tempo as elevadas taxas de juro, dando asas ao banco central para prolongar a política monetária restritiva e adiar a descida esperada há muito pelo mercado.

"Ninguém espera que a Fed corte as taxas na próxima semana, mas a questão que paira na mente de todos é se abrirá a porta a uma descida em setembro" realçou Ryan Detrick, estratega do Carson Group, à Reuters.

Desde a divulgação dos dados que a sessão desta sexta-feira seguiu agitada. O S&P500 caiu imediatamente após o relatório, e acabou a perder 0,08% para 5.384,84 pontos, enquanto o Nasdaq Composite fechou a sessão a desvalorizar 0,23% para 17.133,13 pontos. Já o índice industrial Dow Jones recuou 0,22% para 38.798,99 pontos.

A pressionar a negociação esteve a GameStop, que derrapou 39% com o anúncio da descida das vendas trimestrais a par de uma potencial venda de ações no valor de 3 mil milhões de dólares.

Já a AMC Entertainment desvalorizou 15,20% face à revisão em baixa do preço-alvo da empresa por várias corretoras.

Em grande destaque esteve a gigante de semicondutores Nvidia, que cedeu 0,09% - uma quebra ligeira mas suficiente para a deixar abaixo da marca dos três biliões de capitalização bolsista atingida na quarta-feira. Após o fecho da negociação desta sexta-feira, a tecnológica dá arranque à estratégia adotada de "split stock" e, a partir de segunda-feira, cada ação negociada vale por 10.