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Aos 179 anos, Torres Novas compra empresa de Manchester
04/06/2024 18:31

Fundada em 2 de outubro 1845, em Torres Novas, por um grupo de comerciantes de Lisboa, "desejosos de se tornarem independentes de importações", a Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas começou por focar-se sobretudo na fiação de linho, juta e algodão, assim como na confeção de lonas de algodão.

 

Em 1949, era comprada por António Medeiros e Almeida, que procedeu a profunda modernização da fábrica e promoção internacional, tendo em 1972 arrancado com a produção de toalhas de banho e outros artigos turcos (roupões, chinelos…), produtos que dariam fama e proveito à marca Torres Novas, reconhecida pela sua qualidade.

 

Com a entrada no novo milénio, as exportações começaram a cair, com os clientes a virarem-se para os mercados asiáticos, onde conseguiam preços muito mais baixos.

 

Em junho de 2009 recorre ao "lay off", situação que se manteve até junho do ano seguinte, sem que a empresa conseguisse sair da agonia.

 

A Torres Novas, que chegou a ser cotada em bolsa, acabou na insolvência, decretada em 25 de janeiro de 2011.

 

Os acionistas de referência da fiação, Adolfo de Lima Mayer, joão da Silva e Vasco Pessanha, ainda tentaram evitar o encerramento, com a apresentação de um plano de recuperação.

 

Mas os credores, que tinham a haver mais de 12 milhões de euros, acabaram por mandar a Torres Novas para liquidação. A fábrica encerrou a 28 de julho desse ano, deixando os seus 142 trabalhadores no desemprego.

 

Vasconcellos e Sá cumpre sonho do tio-avô

 

Nove anos depois, Nuno Vasconcellos e Sá, que estudou economia na Católica, fez um mestrado em Finanças na Nova, e trabalhou como consultor na BCG, decidiu cumprir o sonho do seu tio-avô Adolfo de Lima Mayer: ressuscitar a marca Torres Novas.

 

Uma aventura a três, juntamente com a esposa Inês Vaz Pinto e o amigo Miguel Castel-Branco, com uma estrutura pequena, de uma dúzia se pessoas e sem produção própria, subcontratando no Norte do país.

 

Arrancou em 2020 focada na hotelaria, mas com a pandemia a fechar hotéis, a empresa  decidiu avançar com um novo posicionamento, logo em novembro desse ano, com a marca própria Torres Novas.

 

Faturou 500 mil euros em 2021, 1,1 milhões em 2022 e 1,4 milhões no ano passado, com as exportações a representarem cerca de 20%.

 

A juntar às toalhas de banho e outros turcos, como roupões e chinelos, a Torres Novas entrou na roupa de cama no ano passado, prevendo entrar na de mesa no final deste ano.

 

Entretanto, a Torres Novas acaba de aterrar no Reino Unido com a aquisição de uma pequena empresa de têxteis-lar, de base familiar, para dar a volta às dificuldades de exportação decorrentes do Brexit.

 

"Quando relançámos a marca Torres Novas em 2020 começámos imediatamente a ter vendas no Reino Unido, mas desde o Brexit que se tornou cada vez mais difícil servir os nossos clientes a partir de Portugal, com a rapidez, fluidez e qualidade pelas quais nos regemos", explica a empresa, em comunicado.

 

"Assim, entramos agora em força no Reino Unido, passando a ter um centro de distribuição Torres Novas em Manchester, o que nos permite chegar a todo o território britânico, com o serviço de qualidade que nos caracteriza", revela, referindo que também desenvolveram um site de raiz para o Reino Unido, "mais moderno e prático".

 

A expansão para o mercado britânico "fazia já parte" do plano de internacionalização da empresa, "mas foi acelerado pela oportunidade de adquirir a empresa de têxteis-lar britânica Design Port Ltd, cuja gestão também assumimos a partir de agora", detalha a Torres Novas, que pretende "ultrapassar os dois milhões de euros" de faturação em 2024.

 

"Agora com um pezinho no Reino Unido, continuamos a ser orgulhosamente portugueses e a trabalhar segundo os valores que sempre definiram a Torres Novas, levando connosco o nome de Portugal pelo mundo", remata a empresa.

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