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Golden Goose quer captar 100 milhões de euros na entrada em bolsa
30-05-2024 12:56

A marca italiana de ténis de luxo Golden Goose, calçados por celebridades como Taylor Swift e vendidas por centenas de euros, planeia captar 100 milhões de euros numa oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em Milão no próximo mês, confirmou a empresa numa nota de imprensa divulgada esta quinta-feira.

A marca italiana, que segundo a Bloomberg espera passar a valer cerca de três mil milhões de euros, também revelou que o seu proprietário, o fundo de capital privado Permira, planeia vender ações na IPO. A empresa pretende ter 25% dos seus títulos cotados em bolsa, disse a Golden Goose.

A confirmar-se, a entrada da marca de calçado em bolsa acontece numa altura em que o luxo europeu está a perder parte do seu brilho: a Kering disse no mês passado que as vendas da sua marca Gucci caíram 18% no primeiro trimestre devido à fraca procura na China, enquanto o maior rival LVMH registou um crescimento orgânico de 2% nas vendas de moda e artigos de couro no primeiro trimestre, em comparação com um crescimento de 18% no ano anterior.

Ainda assim, os movimentos de entrada em bolsa estão a dinamizar-se, com o mercado acionista europeu a recuperar. Além da Golden Goose, a CVC Capital Partners, uma das principais empresas de gestão de ativos e investimentos na Europa, entrou na bolsa de Amesterdão e a Puig Brands na de Madrid.

O índice de referência europeu Stoxx 600 aumentou cerca de 7% desde o início do ano, enquanto o índice que reúne as 50 maiores empresas europeias avançou perto de 9%.

Em resultado, a atividade das IPO também está a dar sinais de recuperação, com as empresas a captarem quase 13 mil milhões de dólares em ofertas públicas iniciais este ano, mais do dobro do montante registado no mesmo período do ano passado, aponta a Bloomberg. 

Os volumes de IPO diminuíram em 2022 e 2023, à medida que os bancos centrais aumentavam as taxas de juro para fazer face à inflação, que estava em níveis elevados. Com o mercado de ações a descer, os investidores estavam mais avessos aos ativos de risco, o que também deixou as empresas que queriam entrar bolsa reticentes.

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