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Comboios de alta velocidade da CP, excedente mais pequeno e mercados imunes ao Irão
16-04-2024 07:01

Bom dia,

A CP estima um custo de 520 milhões de euros com a compra de 16 novos comboios para a alta velocidade, sabe o Negócios. A operadora ferroviária tem previsto lançar este ano o concurso para a aquisição do material circulante para a futura linha Lisboa-Porto, sendo que inicialmente o anterior Governo apontava para a compra de 12 comboios, mas em novembro já referia a aquisição de 14, “mais unidades opcionais”. No total, a empresa pública pretende montar a sua operação com 16, o que implica um investimento em torno dos 30 milhões de euros. Em termos médios, por cada um desses comboios que terão mais de 500 lugares.

E por falar em velocidade, a Autoeuropa conduz produção automóvel a melhor primeiro trimestre de sempre. A indústria automóvel portuguesa iniciou 2024 a todo o gás, tendo registado um máximo absoluto de veículos produzidos num primeiro trimestre. Até ao final de março saíram das fábricas nacionais 95.582 veículos, um número que supera o recorde de 2019 – ano que viria a terminar com um máximo histórico de 345.688 unidades – em pouco mais de mil viaturas.

Ontem foi apresentado o programa de estabilidade e o novo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, reviu em forte baixa as expectativas de desempenho das finanças públicas neste ano, prevendo – num cenário sem a aplicação de novas medidas de política do programa do Governo – menos de metade do excedente que era projetado, antes da saída, pelo anterior titular da pasta, Fernando Medina. Era um saldo positivo de 0,7% do produto interno bruto (PIB) que cai para 0,3%.

Ainda na economia, Carlos Moedas quer rever o montante da Taxa Municipal Turística de Dormida (TMTD), passando dos atuais dois euros para quatro euros. A proposta, que altera o Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas do Município de Lisboa, será apresentada e votada em reunião de câmara na próxima quarta-feira para depois entrar em consulta pública por um período de 30 dias. A nota justificativa explica que o objetivo é ajustar o valor "ao dispêndio atual de recursos do Município".

Nos mercados financeiros, olhamos para os criptoativos já que Centeno deverá entregar o registo de empresas do setor à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A entrada em vigor da nova legislação europeia que enquadra o mercado dos criptoativos no bloco está a levar os reguladores da região a distribuírem entre si as responsabilidades em matéria de supervisão para o mercado cripto. Portugal não é exceção e deverá haver uma transferência de poderes atualmente no Banco de Portugal para a CMVM, nomeadamente o registo de novas entidades.

Ainda nos mercados financeiros, mas lá fora, o tema do fim de semana foi a investida do Irão sobre Israel. O ataque com centenas de drones fez soar os alarmes, com receios de uma escalada da guerra no Médio Oriente que perturbasse o abastecimento de petróleo global, relançasse a inflação (com implicações para os bancos centrais) e espoletasse uma procura por ativos refúgio. Mas a contenção do incidente acabou por gerar uma reação limitada.

Terça-feira é ainda dia de Radar África, onde pode ler sobre Angola, que está amarrada ao pagamento da dívida. Todos os países recorrem a financiamento externo para gerir os cofres públicos e Angola não é exceção. Todavia, os últimos movimentos do Governo angolano nesta matéria indicam uma escassez de liquidez nos cofres do Estado que sublinha a dependência das receitas do petróleo e, ao mesmo tempo, inibe o desenvolvimento.

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Boas leituras.