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Sogrape volta a atacar Espanha, módulos para responder à crise na habitação e a depressão alemã
22/02/2024 07:02

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Após ter adquirido, em 2012, a Bodegas LA, na famosa região de Rioja, integrando também a prestigiada marca Santiago Ruiz nas Rías Baixas, e, em 2018, a Bodegas Aura em Rueda, uma das denominações de origem espanholas mais dinâmicas, eis que o maior grupo português de vinhos acaba de comprar a Viña Mayor à Entrecanales Domecq e Hijos (EDH). "Trata-se de uma propriedade com mais de 20 hectares de vinha, uma adega com cerca de cinco milhões de litros de capacidade de armazenagem, 2,6 milhões de litros de capacidade de vinificação, um parque de cerca de 6.500 barricas com capacidade para 1,5 milhões de litros e, ainda, uma garrafeira com 700 mil garrafas", detalhou o presidente do grupo Fernando da Cunha Guedes ao Negócios.

Pode a construção modular responder à crise habitacional? A pergunta faz o arranque de um trabalho sobre as soluções para a falta de casas e os elevados preços praticados em Portugal. Desde a aquisição de um terreno até à conclusão das obras de uma casa passam atualmente em Portugal quatro anos, estima Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), para quem "é fundamental reduzir a burocracia associada ao processo de licenciamento" para acelerar a construção de habitação. Nos últimos três anos, foram licenciadas em Portugal, em média, cerca de 30 mil habitações por ano, menos de metade do que acontecia na primeira década deste século.  A resposta, pela rapidez e potencial preço mais baixo, pode passar por casas modulares.

E as propostas das duas principais forças políticas para a habitação, como respondem à crise? As medidas do PS e da Aliança Democrática (AD) para quem quer comprar casa ainda estão a ser desenhados, mas poderão passar por medidas que permitam aos devedores terem financiamento a 100% do valor do imóvel – algo praticamente impossível neste momento devido às imposições do Banco de Portugal. Os dois partidos sublinham que o apoio nunca será para todos e especialistas ouvidos pelo Negócios afastam risco adicional para os bancos. Este fica do lado Estado.

A economia alemã acabou o ano passado deprimida e arrisca um novo trimestre de contração nos primeiros meses deste ano, que limitam as perspetivas da Zona Euro no início de 2024. Mesmo com a maioria dos países da moeda única a melhorar os níveis de confiança, o sentimento económico voltou a degradar-se em janeiro, sob o peso do maior pessimismo germânico. O indicador de sentimento económico alemão voltou a cair de forma pronunciada no primeiro mês do ano. Nas restantes maiores economias do grupo, porém, a tendência foi oposta, com França, Países Baixos, Itália e Espanha a melhorarem no indicador que sintetiza as expectativas dos principais ramos de atividade económica e também as dos consumidores quanto ao rumo da economia. Também Portugal registou melhorias – quase em linha com as espanholas – mas persistindo abaixo dos níveis da primeira metade do ano passado. Nos dados globais do euro, porém, o resultado foi de quebra no sentimento económico.

E afinal, o impacto da chamada "bazuca" europeia vai ter um impacto mais expressivo no PIB português do que o inicialmente previsto. Em vez de um acréscimo inicialmente avançado de 2,4% ao produto interno bruto (PIB), o executivo comunitário calcula agora que o impacto pode ultrapassar os 3% daqui a dois anos, altura em que o dinheiro do PRR tem de estar aplicado.

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