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Rendas acessíveis em Lisboa, compensações por despedimentos e os dividendos
17/01/2024 07:01

Bom dia,

A construção de habitação para arrendamento acessível em Lisboa, em terrenos da câmara, mas com financiamento privado, deverá passar a ter novas regras que tornem estes investimentos "mais ágeis e interessantes", por contraposição ao modelo atual, de concessões. A ideia, explicou ao Negócios a vereadora da habitação, Filipa Roseta, é "ter um modelo mais atrativo, tornar o caminho mais ágil, mas sem perder exigências" em termos de construção, número de fogos e rendas. O novo modelo, que terá ainda de passar pelo crivo dos vereadores, será levado a reunião de câmara esta quarta-feira. Se passar, as primeiras hastas públicas deverão "avançar rapidamente" e vão abranger dois projetos, em Benfica e no Parque das Nações, para um total de 550 habitações que, espera Filipa Roseta, entre projeto e obras, deverão estar prontas dentro de três anos e meio.

Foi uma das marcas do programa de ajustamento. A redução das compensações por despedimento congelou direitos e baixou o valor a pagar para futuro: passou de 30 dias de salário base por cada ano trabalhado para 20, 18, 12 dias e, apenas quanto aos últimos meses, 14 dias por ano trabalhado. Uma década depois, os "novos contratados", que não chegaram a acumular um mês por qualquer ano de trabalho, já são mais de 70% do total. A mais extensa base de dados administrativa do setor privado, os Quadros de Pessoal, mostra como se distribuem os trabalhadores por escalão de antiguidade na empresa – que é o que conta. A última publicação, que se baseia na informação enviada em abril pelas empresas através do Relatório Único, identifica 3,1 milhões de trabalhadores dependentes no setor privado. Destes, quase 2,3 milhões tinham em outubro de 2022 sido contratados há menos de dez anos – 73% do total.

Os dividendos das cotadas portuguesas são, pelo segundo ano consecutivo, os quintos mais atrativos da Zona Euro. Apesar de Portugal se manter entre os países da moeda única com remunerações acionistas mais elevadas, caiu no ano passado para a quinta posição, onde se mantém este ano, depois de já ter chegado a liderar a lista. A Allianz Global Investors (GI), responsável pelo Dividend Study 2024, destaca que Portugal mantém-se no top 10 da Europa com uma "dividend yield" – o rácio do dividendo face ao preço da ação – de 3,55% em 2023 e uma estimativa de 3,8% em 2024. Contudo, os restantes países na Zona Euro reforçaram mais a remuneração aos acionistas, enquanto a valorização das ações portuguesas também não ajudou.

Os passageiros transportados de e para os aeroportos portugueses geridos pela ANA ultrapassaram os 66,3 milhões no ano passado, um número que representa um crescimento de 19% face a 2022, mas também de 12% relativamente a 2019. De acordo com dados do grupo Vinci, o aeroporto de Lisboa superou em 2023 os 33,6 milhões de passageiros, mais 7,9% do que no ano anterior à pandemia, assim como 19% acima dos registados em 2022. Já pelo aeroporto do Porto passaram no ano passado mais de 15,2 milhões de pessoas, tendo esta infraestrutura protagonizado a maior subida, entre os aeroportos nacionais, face a 2022, na casa dos 20%. Já comparativamente com 2019, o acréscimo foi de 16%.

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