Metade das famílias já não consegue comprar casa de valor médio, avisa o FMI
02/10/2024 14:00
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avisa que metade das famílias portuguesas deixou de conseguir comprar uma casa de valor médio, explicando que a falta de oferta, juntamente com a procura interna e a pressão dos 'vistos gold' e do alojamento local, fizeram disparar os preços.
Numa análise a Portugal publicada nesta quarta-feira, 2 de outubro, no âmbito do artigo IV, o FMI afirma que, apesar de os riscos sistémicos para o setor bancário serem moderados, o setor imobiliário exige "vigilância contínua", porque com "os preços da habitação a continuarem a subir, a acessibilidade deteriora-se ainda mais".
O Fundo lembra que, entre 2015 e o último trimestre de 2023 os preços da habitação cresceram 111% - muito mais do que a média da Zona Euro de 42%. E, em 2023, apesar de os preços da habitação terem começado a cair em termos reais na maioria dos países da Zona Euro (em média 3,6%), em Portugal cresceram ainda mais (3,7%).
Além da procura dos residentes, o Fundo explica que "este aumento reflete provavelmente a procura de casas de luxo promovida pelo programa dos 'vistos gold' e a conversão de fogos de habitação em alojamento local, ao mesmo tempo que a oferta não respondeu".
"Em resultado, desde 2023, uma família de rendimento mediano já não consegue um empréstimo para comprar uma casa de valor médio", afirma o FMI. O Fundo está a basear os seus cálculos em dados do Eurostat, do inquérito às condições de vida, que apontam para um rendimento médio (por adulto equivalente) líquido anual de 11.824 euros (cerca de 845 euros por mês, em 14 meses) em 2022.
No segundo trimestre de 2023, precisa o Fundo, era necessário um salário mediano e meio para obter um empréstimo à habitação (para uma casa de preço médio).
O FMI refere-se ainda ao efeito dos 'vistos gold' no mercado imobiliário. Embora admita que o efeito é "pequeno", o fundo considera que "não é negligenciável".
Nos últimos anos, recorda a equipa de missão, os investidores dos 'vistos gold' representavam cerca de 1% das transações e 2% dos valores transacionados - sobretudo nos imóveis mais caros do mercado (acima dos 350 mil euros).
"É provável que a procura de investidores privados, altamente concentrada nas cidadas, sobretudo Lisboa, impactou esses mercados mais fortemente", admite o FMI, salvaguardando, ainda assim, que são necessários mais dados.
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