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Ações do Porto disparam 7% após negociação travada
30-04-2024 16:02

Após a vitória de André Villas-Boas na corrida à presidência do Futebol Clube do Porto no passado sábado, as ações da sociedade anónima desportiva (SAD) dos "dragões" não negociaram segunda-feira nem na manhã desta terça-feira. Isto devido a um "travão" aplicado pela Euronext, gestora da bolsa de Lisboa.

Foi apenas na segunda chamada - as ações dos "dragões" negoceiam duas vezes por dia: às 10:30 e às 15:30 - que foi retomada a negociação, tendo sido efetuados seis negócios num total de 156 ações. Ainda assim, a cotação disparou 7,14%, para 1,35 euros, máximo desde novembro de 2021.

Quer ontem quer nesta manhã, a grande discrepância entre as ordens de compra e as ordens de venda em termos de valores levaram a que fosse aplicado um mecanismo automático de congelamento.

As ações do Porto tinham encerrado nos 1,26 euros na sexta-feira e esta manhã as primeiras ordens de compra eram de um valor bastante inferior (uma de 1,04 euros e outra de 1,13 euros, ambas mais de 10% abaixo da cotação da sessão anterior).

"A filosofia geral da Euronext é não interromper a negociação exceto em circunstâncias extremas", explica o grupo detentor da bolsa de Lisboa sobre o mecanismo em questão que passa por disjuntores ("circuit-brakers"), mas também um conjunto completo de salvaguardas de negociação.

Os mecanismos de proteção do mercado incluem a capacidade de rejeitar ordens aberrantes (invulgarmente grandes em tamanho ou em unidades/preço) antes de entrarem no mercado, a capacidade de suspender instrumentos sujeitos a ordens únicas susceptíveis de perturbar o mercado ou a capacidade de impedir variações significativas de preços ("collars"/ limites dinâmicos ou estáticos).

Os períodos de reserva limitam o impacto destes movimentos inesperados de preços acentuados, dando ao mercado tempo suficiente para rever as ordens e as decisões de investimento antes do reinício da negociação.