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Talento ?made in? Porto faz magia na atração de investimento estrangeiro
18/04/2024 17:36

O talento "made in" Porto tem sido o fator mais importante na atração de investimento direto estrangeiro para a Invicta, sinalizaram os participantes na mesa-redonda que se seguiu à apresentação do estudo de impacto económico, social e ambiental do programa Porto Leading Investors, que reúne atualmente 43 empresas.

Até quando "compete" com Lisboa por atração de capital, considerou Pedro Sousa Rodrigues, assessor do conselho de administração AICEP, destacando "todo o esforço que foi feito ao nível da educação. Porque temos a geração mais qualificada de sempre, e isso está a dar frutos", afirmou. 

Na apresentação do estudo, que teve lugar esta quinta-feira, 18 de abril, no portuense Museu Nacional Soares dos Reis, Sousa Rodrigues pincelou ainda algumas nuances como "chamadoras" de investimento: "A capacidade que temos de oferecer um conjunto de licenciados e recursos humanos que são flexíveis, que falam várias línguas, que são polivalentes, que conseguem dar resposta de valor interessante", elencou.

"Há outros fatores, como a qualidade de vida e a capacidade que temos de atrair gente para o Porto, como vemos que acontece com trabalhadores estrangeiros, que nos últimos anos tem sido evidente", observou.

No entanto, há dois fatores que surgem como entraves no processo: as capacidades de reter o talento em Portugal e a de o país "se mostrar lá fora", apontaram Maria Moura Oliveira, diretora da UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto), João Maia, diretor-geral da APICCAPS (associação dos industriais de calçado).

Para a diretora da instituição que faz nascer novos negócios em ambiente académico, é imperativo saber reter os talentos "que nascem nas nossas faculdades", porquanto "o empreendedorismo é uma estratégia de competitividade e de crescimento económico que importa apoiar".

A UPTEC recebe, em média, "três visitas internacionais por semana", num total de "500 oportunidades por ano para nos vendermos e vender o nosso ecossistema", sublinhou Maria Moura Oliveira.

Contudo, a falta a capacidade de "nos sabermos vender" leva a que se perca várias oportunidades de expansão. "Os portugueses são humildes, mas temos de saber mostrar o que fazemos bem", referiu, trazendo para cima da mesa a estratégia de trabalhar em conjunto, para "orientar todo o país nesse sentido".  

Esta tese foi também defendida por João Maia, diretor da APICCAPS, até para colmatar a falha que existe há vários anos na criação de marcas nacionais B2C, apontando a quase ausência deste tipo de negócio entre as 43 empresas do programa Porto Leading investors. 

O setor do calçado, que não marca presença neste programa, começou o seu processo de desenvolvimento e expansão com a capacidade "de se vender fora de portas", afirmou João Maia, lembrando também que o país volta a ser procurado por multinacionais do setor para instalar cá a sua produção, dando o exemplo a alemã Birkenstock, que que vai abrir uma fábrica e criar 600 postos de trabalho em Arouca.

Problemas na implementação de programas de incentivo

Os três intervenientes apontaram, ainda, a excessiva burocracia quando tentam aceder a programas de apoio, como é exemplo dos vouchers para startups. 

"Não diria que estejam mal desenhados. Há o desenho e há a implementação. Como se operacionaliza e o tempo que demora para empresas ter financiamento é algo que precisa de ser melhorado, porque demora um ano, em média - o que não é o melhor", lamentou a diretora da UPTEC.

Com a espera prolongada, há empresas que "fogem" para outros países, onde o financiamento chega mais facilmente. Maria Moura Oliveira deu o exemplo da Sword, um negócio na área da saúde fundado em Portugal, mas com sede nos Estados Unidos. "Estamos a perder com isto", alertou. 

Apesar destes entraves, que parecem dificultar a vida das empresas portuguesas no acesso a investimento estrangeiro, "temos sabido abrir-nos ao mundo, com fatores assentes no talento, na nossa qualidade de vida…", frisou Pedro Sousa Rodrigues, reportando-se ao Porto.

"Portugal sente a marca Porto. A cidade não se tem fechado, mas há que cooperar. O país é de tal forma pequeno que a abordagem não pode ficar cingida a este território", rematou o responsável da AICEP. 

*Texto editado por Rui Neves

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