Martifer quer alargar o conselho de administração. Susana Sargento é um dos novos nomes 26-04-2024 14:48:01

Susana Sargento poderá ser um dos novos nomes no "board" da Martifer no próximo triénio. A empresa vai propor, na assembleia geral de acionistas do próximo dia 23 de maio, um alargamento do conselho de administração a três novos nomes femininos, avançou o grupo em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Entre eles, destaca-se a investigadora científica na área de redes e internet do futuro, vencedora do primeiro prémio "Mulheres Inovadoras da União Europeia" em 2016, por transformar os veículos em pontos de acesso wi-fi e criar redes móveis à escala das cidades.

Susana Sargento é natural de Mira, em Coimbra, e é professora catedrática no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro. É ainda uma das co-fundadoras da startup portuguesa Veniam, empresa que começou o percurso em 2012 e que ajudou a lançar o conceito de "internet das coisas móveis", e que em 2022 foi vendida à israelita Nexar. É uma das responsáveis na implementação de wi-fi gratuito nos autocarros da STCP, na cidade do Porto.

Segundo o comunicado, Sargento não é titular de ações da empresa onde poderá ser vogal, assim como "não desempenha funções em órgãos sociais de sociedades".  

A acompanhar a proposta de um novo board estão também os nomes de Mariana Martins e Carla Norte, ambas para desempenhar o cargo de vogal.  

A construtora metálica, que fechou o exercício de 2023 com vendas de 220 milhões de euros, justifica as figuras escolhidas por considerar que "têm o perfil, conhecimento, currículo e experiência adequadas às funções a desempenhar".  

Caso a proposta siga com luz verde, o órgão contará assim com 11 membros, entre os quais o atual presidente Carlos Martins, os vice-presidentes Arnaldo Figueiredo e Jorge Martins, e os restantes oito vogais, agora com três novos nomes.  

A 23 de maio, os acionistas da Martifer vão ainda votar as contas da empresa e a proposta de aplicação de resultados. A proposta em causa prevê a transferência do resultado líquido positivo de mais de 19 milhões de euros para resultados transitados, "propondo-se igualmente a atribuição à administração e aos colaboradores a título de participação nos lucros do exercício, de um montante até um milhão de euros", esclarece o comunicado.

* Texto editado por Leonor Mateus Ferreira