CaixaBank/BPI corta preço-alvo da Galp por não ver "catalisadores futuros" 19/02/2020 13:26:00

Os analistas do CaixaBank/BPI cortaram o preço-alvo para a petrolífera Galp em 10 cêntimos para os 15,20 euros por ação, nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, o que lhe confere um potencial de subida de 7,72% face ao fecho da sessão de ontem.  No entanto, o banco de investimento manteve a recomendação para a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva inalterada em "neutral", numa altura em que a especulação sobre a estrutura acionista permanece em aberto, segundo o banco de investimento."A Galp destaca-se no perfil de crescimento que deve permanecer acima dos pares, mas não vemos catalisadores relevantes no futuro, além dos possíveis resultados do poço de exploração em Uirapuru", no Brasil, escreveram os analistas Flora Trindade e Bruno Silva, numa nota. Apesar do corte no preço-alvo da Galp, a cotada mantém uma prestação positiva na sessão desta quarta-feira, tendo subido um máximo de 2,30% para os 14,435 euros por ação. Até ao momento foram negociadas 752.562 ações, que compara com a liquidez média dos últimos seis meses de 1.451.701 ações.Este movimento está a ser suportado também pelo bom desempenho do preço do petróleo Brent, que serve de referência para Portugal, e que hoje valoriza 1,63% para os 58,69 dólares por barril. O setor de "Oil & Gas" ganha 0,96%. Hoje, houve um total de nove casas de investimento a pronunicarem-se sobre a petrolífera portuguesa. Para além do CaixaBank/BPI, também o Mediobanca, o RBC Capital Markets, o Credit Suisse, o Jefferies, o Equita SIM, o BBVA, o Kepler Cheuvreux e o Nau Securities. Em termos de preço-alvo, as notas mais otimistas são as do Credit Suisse e do Nau Securities, que lhe conferem um potencial de subida de 48,83%. No total existem 25 casas de investimento a cobrir a Galp, sendo que dez recomendam "comprar", dez aconselham "manter" e as restantes cinco dizem que o melhor será "vender". O preço-alvo médio é de 16,50 euros.Já esta semana, a Galp anunciou que os resultados líquidos de 2019 atingiram 560 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 21% face ao exercício do ano anterior. No entanto, a empresa disse que irá aumentar o dividendo em cerca de 10% entre 2019 e 2021.