Sprint dispara 70% em bolsa após luz verde para ser comprada pela T-Mobile 11/02/2020 16:02:00

A terceira e a quarta maiores operadoras de telecomunicações nos Estados Unidos, a T-Mobile e a Sprint, receberam a autorização do tribunal para que a primeira pudesse comprar a segunda por 26,5 mil milhões de dólares (24,3 mil milhões de euros). Depois de feito o anúncio, as ações da Sprint já dispararam mais de 70%.
 
Esta terça-feira, 11 de fevereiro, foi tornada pública a decisão da justiça americana de aprovar a venda da Sprint à T-Mobile. O responsável das operações na T-Mobile, Mike Sievert, já veio afirmar que pretende concluir a fusão até ao próximo dia 1 de abril. Já o CEO da Deutsche Telekom, a empresa-mãe da T-Mobile, refere-se na sua conta de LinkedIn a esta autorização como um "enorme passo" na direção da aquisição mas, ressalva, ainda está dependente de duas outras aprovações.
 
As ações da Sprint dispararam 76,04% para os 8,45 dólares, e seguem a valorizar perto desta fasquia, estando a cotar num máximo de 2017. Já a T-Mobile chegou a valorizar 12,66% para os 95,23 dólares. A Deutsche Telekom soma em torno dos 4%.
 
Contra o negócio, estavam vários Estados que defendem que esta fusão vai elevar os preços das telecomunicações móveis e entregar uma qualidade inferior, enquanto a Sprint se manteria viável mesmo que independente da compradora. De acordo com o juiz que proferiu a decisão, Victor Marrero, a T-Mobile mostra um histórico de mudanças que favorecem os consumidores e tem pressionado os dois líderes do mercado.
 
Fora dos Estados Unidos também há empresas a lucrar com o acordo. A Nokia, cujas vendas nos Estados Unidos representavam 30% do total de 2019, também já está a valorizar em bolsa, pela perspetiva de que a fusão desbloqueie o investimento na rede de 5G. O mesmo efeito puxa pela Ericsson, que em 2019 registou um declínio de 5% nas vendas para os Estados Unidos. A Nokia sobe 3,33% para os 4,11 euros e a Ericsson avança 6,39% para os 88,30 euros.