Tranquilidade: "Continuaremos comprometidos com o plano estratégico" 19-07-2019 11:11:00

A Tranquilidade foi comprada pela Generali por 600 milhões de euros, de acordo com o anúncio feito esta quinta-feira, 18 de julho. A seguradora nacional garante que vai prosseguir com o seu plano estratégico e manter-se focada nas prioridades do negócio.
"Continuaremos focados nas prioridades do nosso negócio e comprometidos com o nosso plano estratégico. A nossa estratégia é clara e tem resultados comprovados. Vamos continuar a acelerar a nossa jornada de transformação e o nosso caminho de crescimento", pode ler-se numa carta enviada pela Tranquilidade aos seus parceiros, a que o Negócios teve acesso.
 
Para a seguradora nacional, "esta transação ocorre num momento natural da nossa evolução e reflete o trabalho desenvolvido por todos com o apoio continuado do nosso acionista", notando ainda que a "Apollo teve um papel fundamental na nossa recuperação".
 
"Este acordo será agora sujeito aos necessários processos de aprovação regulatória, que irão decorrer durante alguns meses. Sendo aprovado, faremos parte do Grupo Generali, o que permitirá à companhia a continuação da trajetória de crescimento e rentabilização do negócio, alargando as oportunidades de desenvolvimento", garante a Tranquilidade, afirmando ainda que esta operação vai "aumentar o nosso acesso a melhores práticas internacionais e, em particular, catalisará a inovação em larga escala".
 
Esta quinta-feira, a Generali anunciou a compra da Seguradoras Unidas por 510 milhões e da AdvanceCare por 90 milhões de euros, deixando para trás cinco outros concorrentes, nomeadamente a Mapfre, Ageas, Zurich, Allianz e, mais recentemente, a Catalana.
 
Com esta compra, a Generali aproxima-se um pouco mais liderança no ramo não vida. Passou de perto de 3% para 18,7%. Já a Fidelidade tem uma quota de 27,5% no mesmo segmento.
 
Foi em 2015 que a Apollo concluiu a compra da Tranquilidade ao Novo Banco. Esta operação permitiu ao banco liderado por António Ramalho encaixar 40 milhões de euros, sendo que a Apollo injetou 150 milhões para aumentar o capital da seguradora. No ano seguinte, ficou com a Açoreana, por um valor que não foi revelado.