Kepler Cheuvreux e BNP Paribas têm avaliações mais certeiras 24/04/2019 15:24:00

Os bancos de investimento estrangeiros tendem a ser mais conservadores nas suas análises de investimento. E, segundo o relatório da CMVM, são também mais certeiros. Kepler Cheuvreux, BNP Paribas e Jefferies foram os intermediários financeiros onde os preços-alvo apresentaram um maior grau de sucesso.
Apenas um pequeno número das previsões de avaliação emitidas pelos analistas para as cotadas nacionais se revelaram certeiras. Segundo o relatório anual sobre a atividade de análise financeira, "um pouco menos de uma em cada três previsões de preço-alvo foram atingidas ou superadas", no período entre outubro de 2017 e setembro de 2018.
"Os intermediários financeiros voltaram a ter menor grau de acerto no alcance dos preços-alvo das ações que integravam o PSI-20 (28,5%, face a 50,0% nos demais títulos), situação transversal a todo o tipo de recomendações e que é fundamentalmente motivada pela diminuta precisão nas recomendações "comprar" sobre as empresas que integram o PSI-20 (20%, ou 42 em 200 recomendações)", explica o relatório divulgado esta quarta-feira.
Em termos de intermediário, considerando as entidades que emitiram cinco ou mais recomendações, destacam-se "a Kepler Cheuvreux (58,3%), o BNP Paribas (50%) e a Jefferies (45,5%), por terem atingido o mais elevado grau de sucesso no alcance dos preços-alvo para a totalidade das recomendações emitidas". Segundo o regulador, "nenhum destes intermediários financeiros surgiu em posição de relevo no relatório anterior, pelo que a comparação dos resultados entre os dois períodos sugere também não existir persistência ‘temporal’ de casos de sucesso entre os intermediários".
O CaixaBank BPI e o Caixa BI emitiram o maior número de recomendações, tendo o respetivo grau de sucesso no alcance dos preços-alvo sido de 14,9% e de 33,3%, respetivamente. A EDP Renováveis foi o título para o qual os preços-alvo emitidos a 12 meses foram mais alcançados (50%).
O relatório da CMVM conclui ainda que as projeções de preços-alvo foram mais exatas quando emitidas para um horizonte temporal de 12 meses e para o final de 2017.