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Warren Buffett errou ao não investir no ouro? Só o tempo o dirá
22/06/2025 17:10

Warren Buffett é um dos grandes nomes do investimento. O guru, conhecido como "Oráculo de Ohama" - em referência à localidade onde está sediada a Berkshire Hathaway, o conglomerado que ganhou asas sob a sua liderança -, é seguido por milhares de aprendizes ávidos por acompanharem os seus ensinamentos e há inúmeras histórias de grande sucesso por entre as escolhas que fez em matéria de participação acionista. Uma dessas apostas foi a Coca-Cola, que está entre os seus investimentos mais antigos e que é também um refrigerante que muito aprecia, especialmente a versão Cherry Coke. A sua confiança no setor segurador e a entrada, ainda a tempo, na Apple, são outros exemplos do seu êxito. Mas há quem diga que também deixou escapar bons retornos, como é o caso do ouro.Buffet tomou as rédeas da Berkshire Hathaway aos 35 anos de idade. Nessa altura, há seis décadas, a então empresa do ramo têxtil estava quase falida. O investidor transformou-a no conglomerado que é hoje, com dezenas de subsidiárias diversificadas nas áreas de negócio, Atualmente a empresa vale 1,16 biliões de dólares (cerca de 1 bilião de euros) e é uma das maiores do mundo. Entretanto, no passado dia 3 de maio, na assembleia anual da Berskshire Hathaway, em Omaha (Nebraska), Warren Buffett surpreendeu ao comunicar que deixaria a presidência executiva da empresa no final do ano, confiando-a a Greg Abel. Já era esse o nome esperado para a sua sucessão como CEO, mas ninguém contava que fosse "tão cedo". Com efeito, apesar dos seus 94 anos de idade, muitos consideravam que Buffett se manteria à frente do conglomerado até ao fim dos seus dias.Agora, por estes dias, muitos têm sido os balanços feitos aos investimentos de Buffett. E  por entre os grandes êxitos de que todos falam, há também quem lhe aponte um grande erro: não ter apostado no ouro, que está a valorizar há vários anos e que mantém a tendência ascendente (sobe cerca de 30% este ano), a marcar sucessivos máximos históricos. Essa ausência de aposta no ouro é tida como um erro, já que Buffett não se esqueceu do metal precioso - foi por opção que não investiu no metal amarelo e por várias vezes se pronunciou contra este ativo. "O ouro tem duas grandes falhas: não é muito útil nem procriador. É certo que o ouro tem alguma utilidade industrial e decorativa, mas a procura para estes fins é limitada e incapaz de absorver a nova produção. Enquanto isso, se tivermos uma onça de ouro durante uma eternidade, continuaremos a possuir uma onça no final". Foi isto que o célebre investidor escreveu na sua carta aos acionistas, em 2011, querendo assim dizer que a sua utilidade não era vasta e que a posse de ouro não gerava mais ouro - a quantidade seria sempre a mesma, passasse o tempo que passasse.Buffett, muito simplesmente, não considera que o ouro se encaixe na sua estratégia de investimento em valor ("value investing"), que implica escolher ações que negoceiam abaixo do seu valor real. Atendendo à sua aversão ao ouro, foi com surpresa que os observadores de mercado tomaram conhecimento de que a Berkshire Hathaway tinha investido na Barrick Gold, no segundo trimestre de 2020, pagando 560 milhões de dólares por cerca de 21 milhões de ações. Há quem diga que não foi uma escolha do próprio Buffett, mas sim de outro responsável da Berkshire, e quem aponte que é diferente escolher investir em ouro e escolher investir numa empresa de prospeciona ouro (defendendo assim a escolha do guru, caso tenha sido ele a fazê-la). De qualquer das formas, este foi um investimento de curta duração: a Berkshire vendeu a sua posição na Barrick Gold dois trimestres depois - o suficiente para colher os ganhos da valorização do metal durante esse período de crise da Covid-19, sublinha a plataforma de negociação Nasdaq.Por enquanto, esta ausência de Buffett no ouro tem sido apontada como uma falha, mas. e se ele estiver certo? É que, apesar de estar afastada, pelo menos por agora, a ideia de que há uma bolha no metal amarelo, há quem defenda que a aposta no ouro não deve ser elevada. É o caso de Lee Baker, um gestor financeiro norte-americano, que aconselha os investidores a não terem mais de 3% de ouro numa carteira. Em declarações à CNBC, diz que será sensato recordarmo-nos de uma das regras de Warren Buffett: "tenha medo quando os outros forem gananciosos e seja ganancioso quando os outros estiverem com medo".Um aspeto curioso é que Buffett não fugiu de todos os metais preciosos, já que teve muita prata em carteira. Com efeito, entre 1997 e 2006, a Berkshire Hathaway comprou 37% da oferta mundial de prata, lembra a Investing News Network. Durante esse período, o preço da prata passou de 4 para 10 dólares por onça. Só entre julho de 1997 e janeiro de 1998, a Berkshire adquiriu 129 milhões de onças de prata, com as compras a serem feitas quase todas com o metal abaixo dos 5 dólares por onça. Atualmente, Buffett não detém prata na sua carteira de investimento. A opção de ter este metal em mãos, nos anos 90 e inícios da década de 2000, veio do facto de ver a prata essencialmente como uma "commodity" com potencial de valor a curto prazo, e não como um ativo de refúgio ou um metal a deter durante muito tempo. Esta perspetiva alinhou-se com a sua filosofia de investimento, que se foca em encontrar oportunidades subavaliadas e com potencial de crescimento.Buffett tinha assistido ao estoiro da bolha da prata em 1980, depois de os magnatas do petróleo Nelson Bunker Hunt e o seu irmão William Herbert Hunt terem tendo dominar o mercado da prata ao comprarem 70% de todo este metal a nível mundial. No entanto, os seus  artifícios acabaram por fazer com que a prata caísse dos máximos históricos em torno dos 50 dólares por onça para a casa dos 10 dólares na sessão de 27 de março desse ano - naquela que ficou conhecida como Silver Thursday. O CEO da Berkshire quis mostrar que a prata não era um investimento inútil e fez a sua aposta numa altura em que o metal precioso tinha caído ainda mais - e atendendo a que era já um respeitado investidor, muitos seguiram as suas pisadas, o que acabou por levar a uma valorização do metal (que o guru vendeu depois com boas mais-valias).

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