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Guerra Israel-Irão: líderes europeus pedem "contenção", Trump promete defender Israel
13/06/2025 12:09

Pelas 03:30 da madrugada desta sexta-feira, uma da manhã em Portugal Continental, o Irão acordava com as primeiras explosões, em Teerão, de uma forte ofensiva militar de larga escala lançada por Israel. Para além da capital iraniana, o ataque "sem precedentes" estendeu-se a outras zonas do país, atingindo mais de uma centena de alvos ligados ao programa nuclear iraniano. "Leão em Ascensão" é o nome escolhido para a operação que, segundo o governo israelita, é uma resposta à iminente ameaça nuclear representada por Teerão. Segundo as Forças Armadas de Israel, mais de 200 aviões participaram na operação, com ataques sobre alvos estratégicos, incluindo as centrais de enriquecimento de urânio em Natanz, instalações nucleares em Tabriz e centros militares nas cidades de Teerão, Isfahan e Kermanshah. O número total de vítimas ainda não está precisado, no entanto, agências noticiosas iranianas contam mais de uma centena de feridos e, pelo menos, nove mortos.Entre os mortos confirmados estão altos responsáveis iranianos, incluindo Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, Mohammed Bagheri, chefe das Forças Armadas iranianas e Amir Ali Hajizadeh, chefe do programa de mísseis da Guarda Revolucionária. Ali Shamkhani, conselheiro militar do Guia Supremo do Irão, está gravemente ferido. O impacto da ofensiva foi imediato, com a resposta iraniana a surgir sob a forma de drones. De acordo com Telaviv, cerca de uma centena de drones foram interceptados no espaço aéreo da Síria, Arábia Saudita e Jordânia.A escalada militar acontece num contexto de crescentes receios sobre os avanços do programa nuclear iraniano. Israel afirma que Teerão acumulou material suficiente para construir até 15 ogivas nucleares e acusa o regime de estar a desenvolver, em segredo, todos os componentes necessários para a construção de uma bomba. Israel Katz, ministro da Defesa, fala de um "ataque preventivo", enquanto o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, Eyal Zamir, descreve que se trata de "uma campanha histórica sem precedentes". "Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos. Iniciámos esta operação porque chegou o momento: estamos num ponto sem retorno. Não podemos dar-nos ao luxo de esperar", declarou, em vídeo. Em comunicado, Benjamin Netanyahu voltou a sublinhar que Israel está num "momento decisivo da história" e declarou que as ofensivas continuarão "durante quantos dias forem necessários". "Hoje, os nossos soldados fortes e corajosos e o nosso povo estão unidos para nos defender contra aqueles que procuram a nossa destruição e, ao defender-nos, defendemos muitos outros e recuamos contra a tirania assassina", rematou o primeiro-ministro israelita.A resposta iraniana foi célere e prometem retaliação. O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, acusa Israel de "escolher um destino amargo" e as forças armadas do país prometem uma resposta "sem limites". "Agora que o regime terrorista que ocupa al-Quds (Jerusalém) ultrapassou todas as linhas vermelhas, não há limites para a resposta a este crime", confirmam. A promessa de retaliação levou a que Israel ordenasse aos cidadãos para procurarem abrigo, ordem que entretanto já foi suspensa, apesar do estado de emergência em vigor. Entretanto, Masoud Pezeshkian, presidente iraniano, garante que estão a ser tomadas "medidas defensivas, políticas e legais" para que Israel "se arrependa" do ataque. Em comunicado, menciona que o "o final desta história será escrito pelo Irão". Ali Khamenei já solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano responsabiliza diretamente os Estados Unidos por encorajar a ação militar de Israel. No entanto, a Casa Branca nega qualquer envolvimento direto, embora já tenha confirmado que Donald Trump tinha conhecimento prévio do ataque. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América, Marco Rubio, afirma que Israel disse a Washington que o ataque era "necessário para a sua defesa". "Não estamos envolvidos em ataques contra o Irão e a nossa principal prioridade é proteger as forças norte-americanas na região", completou Rubio, em comunicado, alertando o Irão para não atingir interesses norte-americanos. Entretanto, Donald Trump já se pronunciou: "O Irão não pode ter a bomba nuclear e nós esperamos voltar à mesa das negociações. Veremos". O presidente norte-americano sublinhou também que "os Estados Unidos estão preparados para se defender e defender Israel caso o Irão responda", algo que choca com a maioria das reações internacionais que apelam à contenção. Na Truth Social, o presidente norte-americano voltou a pressionar o Irão para chegar a acordo nuclear com os Estados Unidos. Disse ainda: "Já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para pôr fim a este massacre, com os próximos ataques já planeados a serem ainda mais brutais". Na sequência dos ataques, vários países e líderes internacionais apelaram à diplomacia e moderação. António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, apela à "máxima contenção". O pedido foi transmitido pelo porta-voz Farhan Haq, que condena "qualquer escalada militar no Médio Oriente". Também o ex-primeiro-ministro português, António Costa, reagiu aos ataques com o mesmo apelo, revelando estar "profundamente preocupado".Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, escreveu no X que a situação é "alarmante" e afirma que "uma resolução diplomática é agora mais urgente que nunca, pela estabilidade da região e da segurança global". Também Mark Rutte, secretário-geral da NATO, afirma que é "crucial" que os aliados de Israel "se empenhem em desescalar o conflito". Em conferência de imprensa em Estocolmo, o secretário-geral classificou o ataque como uma "ação unilateral" por parte de Israel.O ataque surge poucos dias depois de a Agência Internacional de Energia Atómica ter aprovado uma resolução a denunciar o incumprimento das obrigações nucleares por parte do Irão. A AIEA confirmou que não há registo de fugas radioativas nas instalações atingidas, mas mantém contacto próximo com as autoridades iranianas para monitorizar a situação.Com o Médio Oriente novamente em ebulição, a possibilidade de um conflito alargado entre dois dos principais atores da região levanta sérios alertas políticos, económicos e de segurança global. Os e analistas temem que os desenvolvimentos comprometam os frágeis canais diplomáticos ainda em curso, entre eles, uma nova ronda de negociações nucleares prevista para breve, em Omã.

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