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Cobre pronto a desafiar turbulência económica
10/06/2025 20:00

No primeiro trimestre do ano, as cotações de cobre negociaram de vento em popa. O aumento da procura por parte de grandes economias como EUA e União Europeia para um "upgrade" das suas redes de eletricidade, bem como para os centros de dados e veículos elétricos, ajudou ao movimento de subida. No entanto, chegados a 2 de abril, o "dia da libertação" de Donald Trump - quando o Presidente dos EUA anunciou "tarifas recíprocas" a cerca de 90 países e uma taxa geral de 10% a quase todos os seus parceiros comerciais (México e Canadá ficaram de fora, ao passo que a UE e a China ficaram sob ameaça de taxas mais elevadas) -, o cenário mudou. Mudou para o cobre e para a generalidade dos metais industriais e mesmo outras matérias-primas, atendendo aos receios crescentes em torno das políticas protecionistas (e erráticas) do novo chefe da Casa Branca, mas agora o cobre está de volta à ribalta.O ano tem sido de grandes oscilações para este metal. A 26 de março, o cobre tinha chegado a máximos históricos no mercado nova-iorquino de futuros e opções para a negociação de metais (Comex), nos 5,374 dólares por libra-peso. Nesse mesmo dia, alcançava na Bolsa Londrina de Metais (LME) 10.164,5 dólares por tonelada, o valor mais alto do ano. Motivo? Os operadores estavam a incorporar no preço a possibilidade de os EUA decretarem mais cedo do que se esperava tarifas à importação deste metal - pelo que estava a haver muita procura de cobre por parte dos norte-americanos. A quebra do dólar - moeda em que o metal é denominado - também "ajudou à festa".Por aquela altura, alguns estrategas de casas de investimento de relevo apontavam para que o preço do cobre pudesse atingir 12.000 dólares por tonelada - ou mais - ainda este ano. No entanto, poucos dias depois, este otimismo esfumou-se. Com o anúncio das "tarifas recíprocas" de Trump, o metal vermelho quebrou o patamar de 9.000 dólares por tonelada a 4 de abril, naquele que foi o seu maior recuo desde março de 2020, em plena pandemia de covid-19, dado que o impacto da deterioração das relações comerciais entre os EUA e o resto do mundo desencadeou um forte "sell-off" dos títulos ligados aos metais e à indústria mineira em geral.Entretanto, as cotações recuperaram de parte dessa derrocada e já rondam os valores anteriores à "libertação" de Trump. Em Londres, o cobre negoceia em 9.600 dólares por tonelada e, em Nova Iorque, em 4,90 dólares por libra-peso. A ajudar estão vários fatores: além da depreciação da nota verde e da maior procura por este metal pela indústria da defesa, também a possibilidade de os EUA decretarem em breve as tão faladas tarifas adicionais sobre a importação de cobre está a contribuir para a tendência de valorização, já que muitos acorreram a abastecer-se. A 4 de junho, Trump duplicou as tarifas sobre o aço e o alumínio, de 25% para 50%, intensificando as tensões comerciais com parceiros-chave, como a União Europeia, e esta escalada alimenta a especulação de que o cobre poderá ser o próximo na lista. Resultado: os preços do cobre em Nova Iorque estão a negociar com um prémio de mais de 10% face aos preços em Londres, numa altura em que os operadores incorporam o risco de novas tarifas. "Atualmente, o cobre é o metal em destaque, apesar de Trump ter ameaçado com tarifas de 25% sobre todas as importações desta matéria-prima - uma medida que pode agitar o mercado global de um dos metais mais importantes do mundo -, tendo em conta as perspetivas de uma procura robusta, recentemente suportada pela transição energética e pela 'corrida ao armamento', fortes catalisadores do lado da procura que podem mitigar o impacto desta medida comercial, pressionando, assim, ainda mais o preço do metal nos mercados internacionais", diz ao Negócios Ângelo Custódio, analista de mercados do Banco Best.Para Henrique Valente, analista da Activtrades Europe, se as tarifas sobre as importações de cobre forem implementadas poderão fazer subir os preços no mercado interno e agravar a pressão sobre a oferta global. "Adicionalmente, a desvalorização do dólar pode atuar como mais um fator de suporte ao cobre, uma vez que este é cotado em dólares na LME e tende a valorizar quando a moeda americana perde força", considera. Estes fatores aliam-se ao aumento da procura pela indústria da defesa, além do seu consumo na transição energética e eletrificação. "Com esta 'tempestade perfeita' como pano de fundo, é fácil perceber como está o cobre a afirmar-se como um dos metais industriais mais importantes desta década", afirma ao Negócios.

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