Mortágua diz que país "só vai conhecer instabilidade" com reforço à direita
22/05/2025 19:13
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, defendeu esta quinta-feira que, com um Parlamento cada vez mais dominado pela direita, o país "só vai conhecer instabilidade" e alertou para os riscos de uma revisão da Constituição aprovada apenas pelos partidos à direita da Aliança Democrática (AD).
"O último período de estabilidade que este país conheceu foi o período em que o BE determinou a solução governativa e a maioria parlamentar. Diga-se o que se disser, essa foi a última vez que este país conheceu a estabilidade. À medida que a política se vai encostando à direita, o país só vai conhecer instabilidade", referiu Mariana Mortágua, à saída da reunião com o Presidente da República sobre os resultados das eleições legislativas.
O Bloco de Esquerda sofreu uma pesada derrota nestas eleições, tendo perdido mais de metade dos votos conseguidos há ano ano. Na nova legislatura, o partido liderado por Mariana Mortágua perde a bancada parlamentar de cinco deputados com que contava até aqui e passa contar apenas com a líder bloquista como deputada única.
Para Mariana Mortágua, o "maior significado" de ter uma direita a dominar o Parlamento, na sequência das eleições, é que "a direita passa a ter a possibilidade de alterar a Constituição". "Essa é uma situação nova e perigosa, tendo em conta a radicalização da direita a que assistimos. Essa radicalização só se faz porque o PSD também se tem vindo a radicalizar e a adotar muitas das medidas da direita, permitindo a expansão desse discurso", acusou, apontando o dedo ao anterior Governo de Luís Montenegro.
Sobre a intenção da IL em rever a Lei Fundamental, Mariana Mortágua defendeu que a "direita quer atacar a Constituição" e pediu a Luís Montenegro para pensar bem se quer avançar com uma revisão constitucional proposta por um partido como a IL que quer "acabar com os serviços públicos" ou pelo Chega que "quer acabar com liberdades individuais".
"Temos todos razões para nos preocuparmos. São as nossas liberdades individuais e coletivas que estão em risco e nenhuma outra resposta que não seja fechar as portas a uma revisão constitucional, travá-la e lutar com todos os democratas e todas as pessoas que gostam da democracia", enfatizou.
Sobre uma possível união à esquerda nas eleições autárquicas como sugere o Livre, Mariana Mortágua lembrou que, após as anteriores eleições legislativas, o BE promoveu um conjunto de reuniões com outros partidos de esquerda para "enfrentar uma viragem à direita". "Desse diálogo, nasceram conversas que já existem neste momento com o Livre e o PAN para projetos de convergência autárquica, para poder eleger em todo o país vereadores à esquerda e poder combater a direita", esclareceu.
"Apostamos nessas conversações para dar essa força de união e convergência. Da mesma forma, mantemos a disponibilidade para, em Lisboa, conversar para uma alternativa à esquerda que possa congregar todos os partidos à esquerda do PS e o PS para derrotar Carlos Moedas", disse.
O BE foi o terceiro partido ouvido esta quinta-feira pelo Presidente da República, no âmbito das audições habituais no rescaldo das eleições. Antes foram ouvidos também o PCP e CDS. Para esta sexta-feira, está prevista a audição com os dois partidos que faltam: o PAN e o JPP. A reunião com o PAN está marcada para as 15h30 e a reunião com o JPP para as 16h30.
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